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Chile segue com jornadas violentas e Piñera faz reunião de emergência

O presidente do Chile Sebastián Piñera fez nesta quarta-feira (27) uma reunião de emergência na tentativa de frear ondas violentas que algumas cidades do país têm vivido, principalmente a capital, Santiago. Piñera pediu ao parlamento que aprove iniciativas para reprimir atos de vandalismo e fortalecer a polícia. Os projetos fazem parte da chamada “agenda de segurança”. […]
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(Foto: Carlo Allegri/Reuters)
(Foto: Carlo Allegri/Reuters)

O presidente do Sebastián Piñera fez nesta quarta-feira (27) uma reunião de emergência na tentativa de frear ondas violentas que algumas cidades do país têm vivido, principalmente a capital, Santiago. Piñera pediu ao parlamento que aprove iniciativas para reprimir atos de e fortalecer a polícia.

Os projetos fazem parte da chamada “agenda de segurança”. O dia de ontem (26) foi de mais uma jornada de violência no Chile, com barricadas, incêndios, saques de lojas e bloqueios de estradas.

O presidente disse que “ontem o país viveu mais um triste dia de destruição, que causou angústia e medo aos chilenos”.

Além da capital, Santiago, as cidades de Tarapacá, Valparaíso e Biobío também registraram manifestações violentas ontem, com ônibus e supermercados incendiados e lojas saqueadas. Segundo o governo chileno, os carabineiros, a polícia chilena, trabalhou durante todo o dia na tentativa de restabelecer a ordem pública.

Situação extremamente crítica

O ministro da Defesa do Chile, Alberto Espina, afirmou que a onda de violência que o país enfrenta há 40 dias é extremamente crítica e que deixou os “policiais absolutamente sobrecarregados e exaustos”.

Espina disse ainda que “os grupos anarquistas coordenados agem de maneira sistemática em conjunto com grupos de narcotraficantes” e que “isso pode acabar de uma maneira extraordinariamente séria para o país, se a sociedade civil, ao perceber que o Estado não é capaz de proteger seus direitos, decidir sair em legítima defesa. Isso ninguém quer, porque significa que o Estado de Direito está profundamente enfraquecido”.

Há 40 dias o país enfrenta protestos e marchas nas ruas. Foram registradas pelo menos 23 mortes, quase 3 mil civis feridos e mais de 200 pessoas que perderam ou tiveram a visão afetada devido a ferimentos por bala de borracha. Mais de 2 mil policiais foram feridos.

Para Piñera, o mais importante agora é que o Congresso aprove rapidamente quatro projetos da agenda de segurança para conter a violência: a lei anti-capuz, a lei anti-convulsão, a lei anti-barricada e a proteção das críticas do país por membros das Forças Armadas.

“Esses projetos são absolutamente urgentes e necessários. O Chile e os chilenos precisam de melhores ferramentas para combater essa violência criminosa que conhecemos nas últimas semanas. É por isso que esses projetos que estão no Congresso devem ser transformados, em questão de dias, em leis da República”, afirmou o presidente.

Piñera disse ainda que “a violência significou perdas dolorosas de vidas humanas e muitas pessoas feridas. A violência está destruindo sonhos e projetos de vida para muitas pessoas e empresários em nosso país”.

Agenda de segurança

Entre as propostas de Piñera estão o projeto de lei anti-roubos, que endurece as sanções contra os crimes de roubo cometidos em manifestações ou situações de calamidades públicas ou de alterações da ordem pública.

Outra medida é uma lei para punir com mais rigor o delito de desordens públicas, quando a pessoa que o comete oculta o rosto com máscaras ou qualquer outro instrumento que não a permita ser identificada. Há também uma lei que combate o uso de barricadas e outros elementos que dificultem a livre circulação de pessoas e veículos.

Além disso, o presidente quer modernizar a polícia e estabelecer um estatuto de proteção para as forças policiais e de segurança, que “regulará mais fortemente os números ou ataques prejudiciais cometidos contra a polícia, quando esses atos são cometidos contra funcionários por causa de sua posição ou no exercício de suas funções”.

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