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Oposição venezuelana volta às ruas contra Assembleia Constituinte

31 estações de metrô estão fechadas
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31 estações de metrô estão fechadas

A oposição venezuelana tentava marchar nesta segunda-feira (8) até o centro de Caracas para informar o governo sobre sua recusa em participar da Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.

Sob o lema “O povo diz não à ditadura”, a coalizão MUD (Mesa da Unidade Democrática) convocou seus seguidores para expor a decisão ao ministro da Educação, Elías Jaua, que dirige a comissão presidencial que impulsiona a Constituinte.

Por sua vez, o governo pediu que a oposição reflita sobre sua decisão. “Fazemos um chamado à MUD, pela paz em nosso país, que reflita (…) O caminho é o diálogo, a criminalização do diálogo é o desconhecimento de uma parte e isso é barbárie’, declarou Elías Jaua.

Ele ressaltou ainda que “as portas estão abertas (…) para que todas as organizações políticas venham escutar as razões” para a convocação da Assembleia Constituinte.

Nas ruas, os grupos de oposição se reuniam em setores do leste da capital para a passeata. Desde o início dos protestos, em 1º de abril, não conseguiram chegar ao centro de Caracas, dispersados a cada vez pelas forças de segurança.

Em razão da marcha, 31 estações de metrô permanecem fechadas.

“Continuar nas ruas é a única maneira de sair desta forca de comunistas, porque queremos viver em democracia. A Constituinte é uma farsa, estão fugindo das eleições para permanecer no poder”, declarou à AFP Jorge González, um arquiteto de 63 anos, na Plaza Altamira (leste).

Na estão pendentes as eleições de governadores, que deveriam ter sido realizadas em 2016, de prefeitos de 2017 e presidenciais de 2018.

Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional, único poder do Estado controlado pela oposição, reiterou o chamado para que as pessoas sigam nas ruas “frente à fraude constitucional”.

Mais de 70% dos venezuelanos, segundo pesquisas privadas, rejeitam a gestão Maduro, num contexto de colapso econômico que tem gerado uma grave escassez de alimentos e medicamentos, e a maior inflação do mundo, que chegaria a 720% em 2017, segundo o FMI.

Em resposta, o governo convocou seus partidários a marchar em “defesa da Constituinte”, com a qual, assegura, reforçará a Constituição de 1999 liderada pelo falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013).

Assembleia Constituinte

A proposta de Assembleia Constituinte, convocada há duas semanas, também provocou condenação internacional. Brasil, México, Espanha e Estados Unidos disseram que um processo para modificar a Constituição requer do sufrágio universal. Enquanto isso, o Chile considerou que a iniciativa agrava a crise política, e Luis Almagro, secretário-geral da OEA (Organização de Estados Americanos), a qualificou de “fraudulenta”.

Apesar da rejeição da oposição, o governo prossegue com as reuniões com diversos setores sociais para promover a sua Assembleia Constituinte, que deverá redigir uma nova Constituição do país, o que segundo Maduro, “trará a paz”. Maduro assegurou neste domingo que não tem outra opção que convocar a Constituinte para enfrentar uma suposta “insurgência armada” da oposição para derrubá-lo.

O presidente pretende eleger a Assembleia Constituinte por meio de um processo misto que não garante o “sufrágio universal”: metade dos 500 componentes seriam escolhidos por votação de setores, enquanto o restante seria escolhido nas eleições municipais. A oposição diz que os setores a primeira metade são controlados pelo governo.

Mas a oposição sustenta que a intenção do processo é adiar duas eleições regionais previstas para este ano e as presidenciais, no que chamam de um auto-golpe de Estado promovido por Maduro para perpetuar-se no poder. Também afirma que ela serve apenas para poder se desvencilhar de eleições livres de “uma verdadeira democracia”.

 

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