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Malásia expulsa embaixador da Coreia do Norte em Kuala Lumpur

Terá 48 horas para deixar o páis
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Terá 48 horas para deixar o páis

A Malásia anunciou neste sábado a expulsão do embaixador da em Kuala Lumpur, Kang Chol, e deu 48 horas para ele deixar o país.

A decisão foi tomada depois que o governo pediu que o diplomata se desculpasse por criticar a investigação do assassinato de , irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-um. Diante ausência de resposta, o ministro das Relações Exteriores da Malásia, Anifah Aman, convocou o norte-coreano para uma reunião hoje, mas Kang Chol não compareceu.

“Por esse motivo, o Ministério informou à embaixada que a Malásia declarou Kang Chol persona non grata. Ele deixará o país em 48 horas”, precisou o titular da diplomacia malaia em comunicado, repercutido pela imprensa local.
A medida é anunciada em meio ao aumento das tensões entre Malásia e Coreia do Norte pelo assassinato de Kim Jong-nam no mês passado.

Ontem, a Malásia emitiu uma ordem de prisão para Kim Uk Il, funcionário da companhia aérea norte-coreana Air Koryo e refugiado na embaixada de seu país em Kuala Lumpur por ser relacionado ao crime. As autoridades malaias também solicitaram o depoimento do secretário da delegação norte-coreana, Hyon Kwang Song, apesar de ele não poder ser detido por ter imunidade diplomática.

Os dois foram vistos se despedindo no aeroporto de Kuala Lumpur de quatro norte-coreanos suspeitos de planejar o ataque com um potente agente tóxico contra Kim Jong-nam.

Até agora, as únicas pessoas detidas são a indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Doan Thi Huong, acusadas de assassinato por envenenar à vítima, que morreu em questão de minutos. A Polícia da Malásia considera que as duas mulheres foram recrutadas pelos quatro norte-coreanos para cometer o crime, enquanto elas alegam que foram chamadas para participar de um programa de pegadinhas na TV.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusaram a Coreia do Norte de organizar o assassinato de Kim Jong-nam. A Malásia, no entanto, tem evitado responsabilizar o Executivo em Pyongyang pela morte do meio-irmão de Kim Jong-um, que segundo a Coreia do Norte morreu de um ataque cardíaco.

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