Acusações foram feitas pela polícia australiana

O cardeal australiano George Pell, ministro de Finanças do , foi acusado pela polícia do Estado de Victoria, Austrália, de ter cometido “múltiplos abusos sexuais”, por meio de denúncias ocorridas ao longo de vários anos. A acusação foi divulgada nesta quarta-feira (28), pelo jornal The Guardian.

Pell é a maior autoridade da Igreja Católica na Austrália, e a terceira maior do Vaticano. “Eu gostaria de reafirmar minha inocência”, disse o cardeal, após a divulgação de seu indiciamento. O religioso é conselheiro financeiro do papa Francisco, e vive no Vaticano.

As acusações são resultado de anos de uma investigação nacional instaurada pelo governo australiano sobre respostas da Igreja Católica aos crimes de dentro da instituição. O inquérito foi instaurado em 2012.

“Mantenho tudo o que disse à comissão [sobre pedofilia] e em outros lugares. Temos de respeitar o devido processo, esperar até que seja concluído, e obviamente eu vou continuar colaborando totalmente”, afirmou o cardeal ao The Guardian.Cardeal que cuida de finanças do Vaticano é acusado de pedofilia

Pell deve se apresentar à Justiça australiana no dia 18 de julho. Ele afirmou à imprensa nesta quinta-feira (29) que recebeu licença do papa Francisco para ir aos tribunais australianos para “limpar seu nome” e depois retornar a Roma.

Pell é suspeito de ter abusado sexualmente de menores quando era sacerdote na cidade de Ballarat, entre 1976 e 1980, e quando foi arcebispo de Melbourne, capital da Austrália, entre 1996 e 2001. Desde 2014, ele é encarregado das finanças do Vaticano.