Após bombardeio de centro médico

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou nesta quinta-feira (18) a evacuação de seus funcionários de seis hospitais no norte do , após o bombardeio na segunda a um centro médico da ONG que deixou 19 mortos e 24 feridos.

A decisão de evacuar os hospitais “não foi tomada levianamente, mas, ante a ausência de garantias confiáveis de que as partes em conflito respeitarão o estatuto que garante a proteção das instalações médicas, seu pessoal e pacientes, não nos restou outra solução”, explicou a MSF em um comunicado.

Segundo a ONU, foi a quarta vez que um estabelecimento deste tipo foi alvo de um ataque no Iêmen, país devastado pela guerra há um ano e meio.

A ONG afirma ainda que se reuniu em duas ocasiões em Riad nos últimos meses “com autoridades da coalizão árabe” sob o comando saudita, que intervém no Iêmen em apoio ao presidente Abd Rabbo Mansur Hadi contra os rebeldes xiitas huthis, para “assegurar o cessar dos ataques contra os hospitais”.

“Mas os bombardeios continuaram, mesmo com os comunicados sistemáticos das coordenadas GPS dos hospitais onde a MSF atua”, lamentou a ONG.

O bombardeio de segunda-feira atingiu o hospital de Abs, na província de Hajja (norte), uma zona controlada pelos rebeldes huthis aliados com os soldados fieis ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh.

Os seis hospitais evacuados vão “continuar a operar” com seus funcionários locais, indicou a organização.