Os serviços de saúde “ainda estão disponíveis em pequenas clínicas”

A zona leste da cidade síria de Aleppo, controlada pelos rebeldes e sob intensos bombardeios, onde vivem 250.000 civis, não tem mais hospitais em funcionamento, anunciou a ONU nesta segunda-feira (21).

Os hospitais têm sido bombardeados de maneira reiterada pelo exército sírio, sobretudo após a intensificação dos ataques na semana passada com o objetivo de reconquistar a cidade em sua totalidade.

“Não há atualmente nenhum hospital operacional na parte cercada da cidade”, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS) em um comunicado, que cita notícias procedentes da região.

“Mais de 250.000 homens, mulheres e crianças que vivem no leste de Aleppo estão agora privados de acesso a cuidados nos hospitais”, acrescentou a OMS.

Os serviços de saúde “ainda estão disponíveis em pequenas clínicas”, mas o tratamento para traumatismos, intervenções cirúrgicas importantes e outros cuidados urgentes não estão mais garantidos.

As agências da ONU, entre elas a OMS, não têm acesso ao leste de Aleppo desde julho, quando o exército sírio assumiu o controle da última via de abastecimento dos bairros rebeldes, privando desde a área desde então de alimentos e medicamentos.

O emissário da ONU para a Síria, Staffan de Mistura – cujos esforços para negociar um acesso ao leste de Aleppo fracassaram -, advertiu no domingo que “o tempo está acabando e estamos em uma corrida contra o tempo” para evitar uma catástrofe humanitária.

Os civis que vivem na parte oeste de Aleppo, sob controle do regime, também sofrem violentos ataques dos rebeldes, mas a ajuda humanitária continua chegando a seus bairros.