Ativistas foram mortos a golpes de facão

Uma facção do AQIS (Braço da Al Qaeda para o Subcontinente Indiano) reivindicou, nesta terça-feira (26) a autoria do assassinato em Daca – capital de Bangladesh – de dois ativistas do coletivo Roopban, que defende direitos da população (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e edita a revista de mesmo nome.

“Pela graça do todo-poderoso Alá, os mujahedins do Ansar al Islam (AQIS, ramo de Bangladesh) foram capazes de assassinar Xulhaz Mannan e seu parceiro Samir Mahbub Tonoy. Eram pioneiros na prática e promoção do homossexualismo em Bangladesh”, declarou em seu site a organização extremista.

O assassinato dos dois militantes ocorreu na segunda-feira passada (18), durante o primeiro ataque terrorista praticado contra o coletivo. Uma fonte ligada ao Roopban disse à agência Efe que cinco homens invadiram a residência de uma das vítimas, que era membro destacado da organização do grupo militante pelos direitos LGBT.

Em Bangladesh, a homossexualidade é considerada um crime, que pode ser punido até com a prisão perpétua, mas os processos dificilmente prosperam. Um dos objetivos dos ativistas do Roopban é fazer alterações na legislação do país, além de promover paradas de orgulho LGBT, que já chegaram a resultar em prisões.