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Igrejas são incendiadas no Níger em protestos contra Charlie Hebdo

O governo da França condenou a violência das manifestações no Níger
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O governo da França condenou a violência das manifestações no Níger

O governo da França condenou a violência das manifestações no Níger

Pelo menos oito igrejas foram incendiadas neste sábado, em protestos realizados em Niamey, capital do Níger, contra a publicação da charge do profeta Maomé pelo jornal satírico francês “”.

O governo da França condenou a violência das manifestações no Níger.

“A França condena o recurso à violência em Niamey e, ontem, em Zinder (sul)”, declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, em um comunicado, acrescentando que o governo “expressa sua solidariedade com as autoridades do Níger”.

Os locais de culto, em sua maioria igrejas protestantes e algumas delas sem sinais religiosos visíveis no exterior, foram incendiados no sul de Niamey, indicou um jornalista da AFP, que viu os manifestantes se dirigirem para os setores central e norte da capital, onde há mais igrejas.

Em pronunciamento na televisão pública, cerca de 20 ulemás, os teólogos muçulmanos, pediram calma às centenas de manifestantes que destruíram locais de culto cristãos e lojas pertencentes a não muçulmanos.

“Não se esqueçam de que o Islã é contra a violência. Peço a homens e mulheres, rapazes e moças, que se acalmem. As ações de destruição não são aceitas no Islã”, afirmou o predicador Yaou Sonna.

“Peço à juventude, que, se agir em nome do Islã, pare com essa violência que nos autodestrói”, declarou outro ulemá.

Vários bares, hotéis e lojas pertencentes a não muçulmanos, ou que tinham algum cartaz de alguma marca francesa, também foram destruídos.

“Algumas pessoas ficaram trancadas em suas casas. Nunca senti tanto medo em toda minha vida”, desabafou um cristão entrevistado pela AFP, que pediu para não ser identificado.

Dono de uma oficina mecânica, ele permaneceu abrigado no estabelecimento junto com seus funcionários. Pelas frestas da janela, viu manifestantes saqueando uma banca em frente à sua oficina.

“Somos obrigados a fechar a oficina. Temos muito medo. O governo precisa acabar com isso”, lamentou.

Kiema Soumaila, gerente do bar Toulousain, bastante frequentado em Niamey, comentou que, desde o início das manifestações, sabia que esse tipo de incidente iria acontecer.

Soumaila disse que os manifestantes invadiram o local e que, depois de quebrarem todos os copos, atearam fogo às instalações.

“Falei a todos os empregados para irem embora para casa”, contou.

Em Maradi, cidade entre Niamey e Zinder, houve vários protestos espontâneos, com queima de pneus. Na sexta-feira, em Zinder, segunda maior cidade do país, as manifestações contra o “Charlie Hebdo” deixaram quatro mortos e 45 feridos.

 

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