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Funerais das quatro vítimas do Charlie Hebdo são realizados em Paris

O presidente francês disse que os muçulmanos são "as primeiras vítimas do fanatismo" e da intolerância, 
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O presidente francês disse que os muçulmanos são "as primeiras vítimas do fanatismo" e da intolerância, 

O presidente francês disse que os muçulmanos são “as primeiras vítimas do fanatismo” e da intolerância, 

O presidente francês, François Hollande, declarou nesta quinta-feira (15) que os muçulmanos são, em todo o mundo, “as primeiras vítimas do fanatismo” e da intolerância, enquanto novas vítimas dos atentados da semana passada foram enterradas.

Neste clima de tensão, a decisão dos jornalistas sobreviventes de publicar na capa da edição de quarta-feira (14) da revista uma nova caricatura de Maomé continuava a provocar indignação no mundo muçulmano, enquanto nas Filipinas o papa Francisco questionou a liberdade de expressão.

Francisco condenou os assassinatos em nome de Deus, mas insistiu que não se pode insultar ou debochar da religião de outras pessoas. “Não podemos provocar, não podemos insultar a fé dos outros, não podemos ridicularizar”, insistiu aos jornalistas a bordo do avião que o levava de Sri Lanka às Filipinas.

Na França, enquanto as autoridades tentam identificar possíveis cúmplices dos três jihadistas que mataram 17 pessoas na semana passada, em , a justiça espanhola abriu uma investigação preliminar por “colaboração com uma organização terrorista”.

Ela suspeita que Amédy Coulibaly, que matou quatro judeus em um mercado kasher na sexta-feira, de ter estado em território espanhol com sua companheira Hayat Boumeddiene e uma “terceira pessoa que poderia ter ajudado esta última a entrar na Síria”, segundo uma fonte da justiça.

Os autores dos ataques, Coulibaly e os irmãos Chérif e Said Kouachi, afirmaram agir para vingar o profeta. Neste contexto, o presidente François Hollande declarou que “os muçulmanos são as primeiras vítimas do fanatismo, do fundamentalismo e da intolerância”, em um discurso no Instituto do Mundo Árabe, cuja sede fica às margens do rio Sena, em Paris.

Segundo Hollande, “o islamismo radical se alimentou com todas as contradições, todas as influências, todas as misérias, todas as desigualdades, todos os conflitos não resolvidos há muito tempo”.

Liberdade e democracia

“Quero que os (muçulmanos) que vivem na França possam se sentir unidos, protegidos, respeitados, da mesma forma que eles devem respeitar a República”, insistiu o presidente francês, lembrando que entre esses valores “um é inegociável, que é a liberdade, a democracia”.

Em consonância, a chanceler alemã Angela Merkel prometeu “combater rigorosamente com todos os meios legais a disposição do Estado os pregadores do ódio, os delinquentes violentos que agem em nome do Islã, seus cúmplices e os ideólogos do internacional”.

Ao mesmo tempo, durante o funeral do cartunista Tignous, sua companheira apelou, muito comovida, pelo respeito à laicidade, virtude central da República. É neste contexto que é aguardado nesta quinta-feira à noite, em Paris, o chefe da diplomacia americana, John Kerry, para um “grande abraço” à França.

Esta viagem destina-se a fortalecer a amizade franco-americana após a ausência, no domingo, de autoridades de alto nível à história marcha em Paris, que reuniu mais de um milhão de pessoas, entre elas dezenas de chefes de Estado e governo.

Como na véspera, o jornal dos “sobreviventes” continuou a circular nesta quinta. Um total de 5 milhões de cópias deve ser colocado à venda. No exterior, 130.000 cópias chegaram nesta quinta-feira em trinta países. Mais uma vez, o profeta, com uma lágrima no olho, ilustra a primeira página. Na França, “podemos desenhar tudo, inclusive um profeta”, lembrou a ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira.

Indignação

As reações indignadas se multiplicam no mundo muçulmano onde toda a representação de Maomé é proibida. Turquia, Senegal e Irã proibiram a distribuição do jornal na internet e denunciaram um “insulto” aos dois bilhões de muçulmanos em todo o mundo. O Parlamento paquistanês denunciou uma blasfêmia, enquanto o rei da Jordânia chamou a revista de “irresponsável e inconsciente”.

Em um comunicado publicado nesta quinta-feira, o Emirado Islâmico do Afeganistão, nome oficial do Talibã afegão, lamentou a nova publicação, que “provoca a sensibilidade de cerca de um bilhão e meio de muçulmanos”.

Na França, mais de cinquenta incidentes tendo como alvo locais de culto ou de reunião foram registrados em poucos dias, de acordo com o Observatório contra a Islamofobia do Conselho Francês do Culto Muçulmano. Enquanto isso, mais de 200 incidentes foram relatados em escolas, como a recusa de participar do minuto de silêncio em memória das vítimas do .

Além disso, a justiça francesa deu iniciou a 54 processos judiciais por “apologia ao terrorismo” e “ameaças de ações terroristas”. E, ainda nesta quinta, a França decidiu conceder a cidadania francesa a Lassana Bathily, empregado muçulmano malinês do mercado kasher que ajudou clientes judeus a se esconder em uma câmara fria da loja atacada pelo jihadista Amédy Coulibaly.

O processo de naturalização acontecerá na próxima terça-feira, indicou o ministro do Interior Bernard Cazeneuve, que elogiou seu “ato de bravura”.

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