Grupo pró-transparência divulgou supostos documentos confidenciais na última terça-feira

Autoridades dos Estados Unidos e da Europa investigam se alguma pessoa até então desconhecida responsável por vazar informações entregou ao WikiLeaks documentos de inteligência sigilosos sobre a suposta espionagem norte-americana de políticos franceses, de acordo com fontes a par do assunto.

O grupo pró-transparência WikiLeaks divulgou na terça-feira supostos documentos confidenciais da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês) alegando que o organismo vigiou três presidentes franceses sucessivos: Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e o atual mandatário, François Hollande.

De acordo com a mídia francesa, os documentos mostram que Sarkozy cogitou retomar as conversas de paz entre israelenses e palestinos sem a participação dos EUA e que Hollande se preocupava com a possível saída da Grécia da zona do euro já em 2012.

Fontes de segurança norte-americanas e europeias e governos aliados estão analisando seriamente a possibilidade de que outra pessoa além de Edward Snowden, ex-prestador de serviços da NSA, tenho fornecido os papéis mais recentes ao WikiLeaks e a seu fundador, Julian Assange.

Os documentos, alguns dos quais foram publicados pelo site investigativo francês Mediapart, parecem incluir relatórios de inteligência específicos resumindo informações coletadas por espiões dos EUA.

Duas pessoas familiarizadas com a documentação obtida por Snowden quando ele trabalhou na NSA, e que mais tarde ele entregou à mídia, disseram que não se lembram de ter visto este tipo de relatório entre aquele material.

Mas algumas fontes a par das investigações afirmaram ainda ser possível que estes documentos tenham partido de Snowden.