Globoplay faz VIVA comer poeira, desbanca emissora e sai na frente exibindo mofos

“Mofo” é o nome dado carinhosamente por fãs e haters às novelas antigas, esquecidas e nunca mais exibidas na televisão. Com o lançamento do Canal VIVA em 2010, saudosistas de outras épocas esperavam que a emissora de acervo trouxesse à tona os produtos envelhecidos. De uma certa forma isso acontecia até 2016, quando o VIVA […]

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“Mofo” é o nome dado carinhosamente por fãs e haters às novelas antigas, esquecidas e nunca mais exibidas na televisão. Com o lançamento do Canal VIVA em 2010, saudosistas de outras épocas esperavam que a emissora de acervo trouxesse à tona os produtos envelhecidos.

De uma certa forma isso acontecia até 2016, quando o VIVA passou a exibir novelas dos anos 2000, reprisando “Laços de Família”, que inclusive termina nesta sexta-feira (02) no “Vale a Pena Ver de Novo”.

Mas a desistência pela ficção mofada veio a partir do sucesso de “O Cravo e a Rosa” (2000) no canal pago em 2019. Desde então, a emissora tem reprisado, com predominância, folhetins dessa década, incluindo alguns já reprisados diversas vezes.

Decepcionando os fãs da antiga teledramaturgia, o VIVA está ficando para trás, deixando de ser uma emissora que exibe produções mais velhas e dando a oportunidade para o Globoplay disponibilizar títulos históricos que nunca pintaram no canal, mas sempre foram muito pedidos.

Sem nada a perder, não faz diferença para o Globoplay trazer de volta clássicos como “O Bem-Amado”(1973) e “Roda de Fogo” (1986): o primeiro lançado em 15 de fevereiro, e o segundo confirmado para abril, já que a plataforma de streaming não tem obrigação de manter a liderança em meio a mais de 100 canais na TV por assinatura. A audiência foi o motivo que levou o VIVA a priorizar obras mais atuais e deixar de lado os “mofos”.

Esperados, os folhetins antigos não rendem tanto Ibope e patrocínio para o canal, enquanto os mais recentes, como “O Cravo e a Rosa” (2000), “O Clone” (2001), “Chocolate com Pimenta” (2003), “Mulheres Apaixonadas” (2003) e “Cabocla” (2004) fizeram a emissora disparar na liderança da TV a cabo.

Disposto a manter os excelentes índices conquistados e não perdê-los de jeito nenhum, o VIVA então parou de dar importância para o acervo mais velho, porque ele pouco repercute e gera resultados muito inferiores.

Tentando agradar a gregos e troianos, o Grupo Globo, que comanda as duas empresas, viu no Globoplay a saída para oferecer o mofo tão pedido, assim priorizando novelas mais novas, de maior apelo e repercussão no VIVA.