O tempo é o maior inimigo na televisão. Tudo é meticulosamente cronometrado e nenhum programa pode extrapolar demais porque prejudica toda a programação, e horários de anúncios milionários que pagam por determinada hora são sagrados. Tudo é muito planejado e envolve uma série de burocracias.

Por conta disso, o último capítulo de “Salve-se Quem Puder” precisou ter 15 minutos de cenas deletadas, conforme anunciou o autor Daniel Ortiz, em live no na quinta-feira (15).

Arrasado por precisar cortar cenas gravadas, Ortiz revelou alguns desfechos que ficariam faltando na exibição televisionada e avisou ao público que as sequências tinham sido escritas e rodadas, mas que não seriam levadas ao ar porque o capítulo final tinha ficado “muito longo”.

“Por exemplo, cortamos a cena em que a Petra confessa que roubou os ratinhos (…) A cena que mais doeu me cortar, foi a reconciliação do Renzo (Rafael Cardoso) com o Rafa (Bruno Ferrari), mas eles reconciliam, viu gente, só não vai ter a cena. A gente teve que cortar 15 minutos, então foi bem chato, mas é isso”, avisou.

Outro desfecho noticiado pela imprensa foi o da galinha Filipa, que pegaria o buquê no casamento de Alexia. Não se sabe se a cena, de fato, foi gravada e descartada com a decisão do autor em unir o casal Kyra e Rafael, tendo sido Kyra a responsável por pegar o buquê no matrimônio da atriz, na versão oficial do desfecho exibida pela TV nesta sexta-feira (16).

Mariana Ximenes e Daniel Ortiz nos bastidores de “Salve-se Quem Puder” (Foto: Reprodução)

O final alternativo gravado por Mariana Ximenes também foi para as “cucuias”, como diziam na novela. A atriz seria ela mesma no último capítulo do folhetim e ficaria com Téo, caso Luna terminasse ao lado de Alejandro.

Foi a segunda vez que Ortiz convocou Mariana para rodar um final alternativo e simplesmente jogou no lixo o trabalho da atriz, tendo feito isso na recente reprise de “Haja Coração”, quando chamou a intérprete para gravar um novo “fim” da personagem Tancinha, para que o repeteco exibisse um desfecho inédito.

No fim das contas, a cena acabou não indo ao ar e todos os riscos das filmagens desnecessárias, realizadas durante a pandemia para mudar o final de uma reprise, não valeram a pena.

“Não deu tempo”

Enquanto algumas foram gravadas e descartadas, outras sequer chegaram a ter essa “oportunidade”, mais uma vez por falta de tempo. O autor lamentou o fato da sequência em que as mães das protagonistas agradecem Ermelinda (Grace Gianoukas), por ter cuidado de suas filhas, não ter sido rodada.

Agnes (Carolina Kasting), Helena (Flávia Alessandra) e Graziela (Débora Oliveri) abraçariam a caipira ex-agente da Polícia Federal e expressariam profunda gratidão pelo amor com as meninas Kyra (Vitória Strada), Luna (Juliana Paiva) e Alexia (Deborah Secco).

“Era o último dia, terminou muito tarde a gravação do casamento [de Alexia com Zezinho], precisaram encerrar, fechar os estúdios. Era uma semana [em dezembro] que os protocolos [de biossegurança] ficaram mais rígidos. Teve que encerrar logo e não deu tempo. Ficou sem gravar, uma pena”, explicou Ortiz.