Pular para o conteúdo
Famosos

‘The Fate of Ophelia’: música de Taylor Swift ligada a Shakespeare bate recorde no Spotify

O número de pré-saves do álbum registrou a marca de 6 milhões na plataforma
Agência Estado, Evelyn Mendes -
Capa do álbum The Fate of Ophelia, de Taylor Swift - Foto: Reprodução/ X

Taylor Swift acaba de lançar o álbum The Life of a Showgirl, o 12º de sua carreira. A primeira faixa, The Fate of Ophelia (O Destino de Ofélia, em tradução livre) faz uma referência clara e direta a uma das personagens mais emblemáticas da obra do inglês William Shakespeare.

Lançado nesta sexta-feira (3), o álbum de Taylor Swift entrou para história, e se tornou o disco mais escutado em um único dia. O marco foi alcançado em apenas 11 horas. Já na quinta-feira (2), o número de pré-saves do álbum atingiu a marca de 6 milhões.

Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram

O álbum de Swift fala de Ofélia, personagem que aparece na peça Hamlet, um dos clássicos shakespearianos, como um símbolo da condição feminina diante de um mundo dominado por homens e marcado por traições.

Na trama, Ofélia se apaixona por Hamlet, mas é usada como um instrumento meramente político. Depois da morte do seu pai, Polônio, o conselheiro do Rei da Dinamarca, ela é manipulada e pressionada pela corte, o que deteriora a sua saúde mental.

A personagem é frequentemente retratada sozinha e imersa em uma tristeza profunda. O resultado de tudo isso é a sua morte trágica, afogada, boiando em um rio, rodeada por flores. Ofélia é, portanto, a encarnação do arquétipo da mulher aprisionada por expectativas que não controla e fadada a um destino de silêncio e dor.

Na música, Taylor Swift explora temas intrinsecamente ligados à figura de Ofélia, como o isolamento (“All that time I sat alone in my tower” – “Todo aquele tempo, eu sentei sozinha na minha torre”), a sensação de aprisionamento (“locked inside my memory and only you possess the key” – “Trancada dentro da minha memória e só você possui a chave”) e uma melancolia sufocante (“if you’d never come for me I might’ve drowned in the melancholy” – “E se você nunca tivesse vindo me resgatar, eu poderia ter me afogado na melancolia”).

Os delírios e a loucura da personagem shakespeariana também aparecem na música de Taylor: “Ophelia lived in fantasy / But love was a cold bed full of scorpions / The venom stole her sanity” (“Ofélia vivia em fantasia / Mas o amor era uma cama fria cheia de escorpiões / O veneno roubou sua sanidade”).

Taylor ‘muda’ o destino de Ofélia

Embora a canção tome a tragédia de Ofélia como ponto de partida, Taylor Swift subverte o destino original da personagem e propõe, na música, uma espécie de resgate: “you dug me out of my grave and saved my heart from the fate of Ophelia” (“Você me desenterrou da minha cova e salvou o meu coração do destino de Ofélia”). Na música, o fim trágico de Ofélia é evitado. Diferente do texto de Shakespeare, em que Ofélia termina vencida pelo abandono, na música, ela encontra salvação.

Além disso, a música pode ser interpretada como uma provável referência ao relacionamento de Taylor com o jogador de americano Travis Kelce, de quem ela ficou noiva em agosto. Em agosto, a cantora participou do podcast encabeçado por Travis e seu irmão, Jason Kelce. Na conversa, ela comentou pela primeira vez publicamente sobre The Fate of Ophelia, brincando com o noivo que ele não entenderia música, já que provavelmente não tinha lido a peça de Shakespeare.

Taylor Swift e a literatura

The Fate of Ophelia não é a primeira música de Taylor Swfit que vai buscar inspiração na literatura. Em Love Story (2008), por exemplo, ela busca referências em outra obra de Shakespeare. A música se inspira na história de Romeu e Julieta, transformando a trágica e clássica história de amor em um conto com final feliz.

No álbum Folklore, de 2020, duas músicas fazem referências à obra de Charlotte Brontë: Invisible String e Mad Woman. Na primeira, Taylor faz uma metáfora sobre o fio invisível que liga duas pessoas, inspirada em um trecho do romance Jane Eyre. Já Mad Woman dialoga com o arquétipo da “mulher louca no sótão”, representada pela personagem Bertha Mason, que aparece no mesmo de Brontë. No disco Evermore, também de 2020, Taylor buscou inspiração no livro Rebecca, de Daphne du Maurier, para escrever Tolerate It.

Fale com os jornalistas do MidiaMAIS!

Tem algo legal para compartilhar com a gente? Fale direto com os jornalistas do MidiaMAIS através do WhatsApp.

Mergulhe no universo do entretenimento e da cultura participando do nosso grupo no Facebook: um lugar aberto ao bate-papo, troca de informação, sugestões, enquetes e muito mais. Você também pode acompanhar nossas atualizações no Instagram e no Tiktok.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

De engenheiro a pintor, feirão terá 50 oportunidades na área da construção civil em Campo Grande

Centro de Radioterapia do HRMS deveria estar pronto no fim de 2024 (Divulgação)

Após dois anos da retomada, radioterapia do HRMS alcança 85% do projeto concluído

Cirurgia urgente: Família cria Vakinha para salvar vida de bebê de três meses

UEMS na comunidade

UEMS na Comunidade leva serviços gratuitos e atividades culturais para Maracaju neste sábado

Notícias mais lidas agora

Vítima do metanol? Jovem de 21 anos morre após beber destilado em Campo Grande

Intoxicações por metanol levam Abrasel-MS a treinar bares e restaurantes; entenda

Operação Ligação Familiar contra contrabando apreendeu celulares avaliados em R$ 400 mil 

1 em cada 5 garrafas de uísque ou vodca vendida no País é falsificada, diz entidade

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Bienal Pantanal: ASL promove projeto especial ‘Leituras & Conversas’ e série de atividades

Programação irá ocorrer na próxima quinta-feira (9), no auditório Pedro Medeiros

Transparência

Agesul homologa licitação de R$ 10,4 milhões para pavimentação de trecho da BR-262

Será pavimentado 1,41 km na fronteira entre Brasil e Bolívia, no município de Corumbá

Mundo

Senado dos EUA rejeita propostas orçamentárias e mantém paralisação do governo

Shutdown pode continuar até a próxima semana

Cotidiano

Com acumulado de chuva abaixo da média histórica, MS foi marcado por calorão em setembro

Apenas 2 cidades registraram valores de chuva acima da média histórica