Mato Grosso do Sul alcançou seu 48º ano de divisão, neste sábado. Em 11 de outubro de 1977, o estado de Mato Grosso separou-se em dois. Do lado de lá, a região manteve-se Mato Grosso. De cá, acrescentou-se o Sul. Por aqui houve correntes políticas e empresariais que tentaram mudar o nome para o Estado do Pantanal, mas ideia não prosperou. Para homenagear a data, o MidiaMAIS produziu uma lista com 11 personalidades das artes (música, teatro e outros), que levam o nome do Estado para o mundo com talento, delicadeza e dedicação, ou que são reconhecidos como expoentes da nossa cultura, celebridades. Confira!
Glauce Rocha
A atriz Glauce Rocha nasceu em 1930 aqui mesmo, em Campo Grande. Não é à toa que um dos maiores teatros da Capital leva seu nome: ela possui uma extensa cinegrafia onde mostrou seu talento para o Brasil todo. Ela atuou em novelas de peso como “Irmãos Coragem” e a versão de 1959 da novela “Cabocla”. Seu trabalho teatral também é extremamente poderoso e importante. Glauce morreu no dia 12 de outubro de 1971, na Unidade Cardiológica da Alameda Santos, em São Paulo. Os jornais publicaram à época como causa da morte o excesso de trabalho. O corpo de Glauce foi velado em São Paulo mas sepultado em Campo Grande, conforme seu desejo.
Aracy Balabanian
Quem não conhece a atriz Aracy Balabanian, uma simpatia de pessoa, que deu vida à várias personagens icônicas na televisão e também batiza um teatro por aqui? Ela nasceu em Campo Grande, em 22 de fevereiro de 1940. Viveu personagens marcantes em novelas, com a Cassandra, de Sai de Baixo, a Filomena de A Próxima Vítima, e a dona Armênia, em Rainha da Sucata. Brilhante atriz morreu em 7 de agosto de 2023, aos 83 anos. Nunca se casou ou teve filhos.
Michel Teló
O cantor sertanejo Michel Teló não nasceu em Mato Grosso do Sul – ele é de Medianeira, Paraná -, mas ele sempre exaltou nossa terra com muita alegria. Ele é um dos principais cantores do cenário sertanejo hoje, e sua música “Ai se eu te pego” alcançou altos patamares na lista da Billboard americana. Hoje ele é um dos grandes artistas, mas quem não se lembra dele empunhando a sanfona à frente do grupo Tradição, em várias casas de show locais? Michel não perde as origens e sempre relembra a saudade que sente daqui.
Luan Santana
Outro cantor de sucesso, Luan Santana ficou conhecido como “Gurizinho de Jaraguari”, e sempre fez questão de enaltecer nosso Estado, desde que o sucesso “Meteoro da Paixão” chegou às paradas brasileiros. O jovem também é expoente do sertanejo mas não deixa de enaltecer o Estado.
Rubens Corrêa
O dramaturgo, ator e diretor Rubens Côrrea nasceu em Aquidauana, e é um dos maiores nomes do teatro sul-mato-grossense, mas também nacional. Ele escreveu a peça “Mar Sem Fim” em 1983 e adaptou “João Ternura”, da obra de Aníbal Machado em 1994. Atuou também no cinema e na televisão, notadamente em telenovelas, como “Partido Alto”, “Kananga do Japão”, “Pantanal” e “Guerra sem Fim”. Rubens é sempre lembrado com carinho por sua contribuição em nossa cultura. O ator morreu aos 64 anos de idade, em 22 de janeiro de 1996.
Manoel de Barros
Manoel de Barros é o maior poeta que Mato Grosso do Sul teve o prazer de conhecer e conviver. Mesmo tendo nascido em Cuiabá (MT), ele sempre viveu em Campo Grande e por aqui se firmou entre seus escritos peculiares. Manoel de Barros deixou um legado e elevou o nome do Estado nas artes do escrito e na poesia. Um ícone. “O menino que carregava água na peneira”, é uma destacada poesia de Manoel, que morreu em 13 de novembro de 2014, aos 97 anos.
Ney Matogrosso
O cantor Ney Matogrosso nasceu em Bela Vista, cidade sul-mato-grossense, na área de fronteira com o Paraguai, e há alguns anos ele retornou à mesma casa que viveu, ao lado do diretor Joel Pizzini, para reviver momentos de sua história, e as imagens deram origem ao longa “Olho Nu”. De uma janela na casinha simples em Bela Vista, Ney relembrou a importância de sua origem. Ele é hoje um dos artistas mais importantes da música brasileira.
Helena Meirelles
Um belo dia, a revista norte-americana “Guitar Player”, uma das publicações mais importantes do segmento da música do mundo, recebeu um vídeo de uma senhora de feições fechadas tocando uma viola de um jeito impressionante. Era a violeira Helena Meirelles, nascida em Bataguassu, um dos maiores expoentes da música sul-mato-grossense de raíz. Helena passou grande parte de sua vida no ostracismo, mas depois chegou a ser reconhecida por sua virtuose no instrumento e é lembrada até hoje no rol dos músicos mais competentes do Brasil. A violeira mais importante do mundo e “Dama da viola”, Helena Meirelles, morreu aos 81 anos, na madrugada de 29 de setembro de 2005, vítima de uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Dani Black e Tetê Espíndola
Dani Black e Tetê Espíndola são mãe e filho. Dani mantém uma carreira coesa tocando sons variados, do rock ao black music, passando por muitas influências, e mesmo tendo nascido em São Paulo, ele faz questão de enaltecer o estado de origem de sua mãe, Tetê, uma das cantoras mais importantes daqui, ao lado de seus irmãos e da família Espíndola, que são nossos ícones da música e das artes. Juntos, estão sempre levando nossa cultura para fora.
Almir Sater
O cantor, compositor e instrumentista Almir Sater é a “cara” de Mato Grosso do Sul. Um violeiro tocando só, com composições que lembram as nossas belezas pantaneiras, a saudade do Trem do Pantanal, as planícies infinitas. Almir hoje mantém uma rotina de shows mais leve, mas continua divulgando a nossa música por aí. Também atuou como ator de novelas.