A atriz Georgie Henley, que ficou muito conhecida por atuar como Lúcia Pevensie na franquia de filmes “As Crônicas de Nárnia”, revelou nas redes sociais sobre sua condição de saúde. Isso porque ela foi diagnosticada com a doença ‘fasciíte necrosante’, uma infecção “carnívora” que afeta a pele, algo que a deixou assustada por um bom tempo, a “dando vergonha por ser diferente”.
“Quando eu tinha 18 anos e na minha sexta semana de universidade, contraí fasciíte necrosante, uma infecção rara e castigadora que quase me tirou a vida e causou estragos em todo o meu corpo. A fim de evitar a amputação da minha mão e braço esquerdos, recebi uma cirurgia invasiva e cansativa, e posteriormente uma extensa cirurgia reconstrutiva que resultou numa série de enxertos de pele e cicatrizes”, contou ela.
“Demorei muito tempo para me curar tanto física como mentalmente, mas esperava que um dia houvesse o momento certo para falar sobre o que aconteceu. Hoje é um começo. Nos últimos nove anos tenho estado aberta sobre as minhas cicatrizes na minha vida pessoal, mas escondi-as inteiramente em qualquer contexto profissional: usar ligaduras ou coberturas, maquilhagem no cenário e no palco, mangas compridas sempre que posso ser fotografada, calças então eu poderia colocar minha mão em um Bolso”, desabafou a artista.
Desafios
Georgie Henley continuou: “A indústria da qual faço parte foca frequentemente em uma ideia muito estreita do que é considerado ‘perfeição’ estética, e eu me preocupei que as minhas cicatrizes me impediriam de arranjar trabalho. A verdade é que não existe ‘perfeição’, mas ainda assim vivi com a vergonha de me sentir diferente, exacerbada pelas expectativas que vieram com o início da minha carreira desde jovem”.
“Mas as minhas cicatrizes não são algo de que se envergonhar. Elas são um mapa da dor que o meu corpo aguentou, e, mais importante, um lembrete da minha sobrevivência. Elas não afetam a minha capacidade como atriz, e estou orgulhosa de ser uma pessoa que tem cicatrizes visíveis nesta indústria”, revelou.
“Gostaria de agradecer ao hospital Addenbrooke pelo seu excepcional cuidado. Quero agradecer à minha família e amigos pelo amor e apoio duradouros durante os momentos mais difíceis, especialmente aos meus pais que resistiram a todas as tempestades comigo, não importa quão devastador”.
“Obrigada aos meus agentes e às pessoas que me empregaram nos últimos nove anos, que nunca viram as minhas cicatrizes como um problema e respeitaram quem eu era como pessoa e artista. Obrigada por último a todas as pessoas que estão lendo isso e que apoiaram a mim e ao meu trabalho, significa mais do que possam imaginar. Tenho certeza de que falarei mais das minhas experiências no futuro, mas hoje estou simplesmente feliz por sentir, pela primeira vez em muito tempo, finalmente livre”, concluiu Georgie Henley.
