O ator lembrou da minissérie Onde Está Meu Coração, do Globoplay, onde viveu Davi, pai de uma filha viciada em crack e fez afirmações fortes sobre o respeito com pessoas doentes.

“Nenhuma doença é motivo de chacota, nenhuma dor é motivo de chacota, seja qual for. Essa é nossa evolução, a gente fazer uma série dessas para provocar uma transformação na forma da sociedade enxergar as coisas”, disse.

Fabio também revelou que teve que se privar das suas vivências no momento de interpretar o personagem para tentar facilitar o trabalho como ator, no caso, como pai de uma filha dependente química. Pai de um filho e duas filhas, não poderia agir como se estivesse em casa.

“Eu tive que desconstruir qualquer conhecimento e experiência que eu tivesse do assunto até porque esse pai está desorientado e desinformado, não sabe o que fazer nessa situação. Tive que me furtar das minhas vivências até porque em casa eu trabalho a buscando um papo reto direto, a verdade, e sempre falar muito honestamente as coisas que acho e penso, o que vivi”, relatou.

Mesmo com o papel de entreter, Fabio Assunção fortaleceu a ideia de que a série também tinha a função de informar, quebrar paradigmas e ampliar a consciência do espectador sobre o assunto.

“A gente tinha a obrigação de mudar esse ponto de vista. A personagem é uma médica, estruturada, e nós dentro dos nossos preconceitos não acreditamos que isso acontece em uma família estruturada. Trazer isso para esse cenário é de extrema importância”, pontuou.