Bruna Linzmeyer protestou contra a situação da pandemia no Brasil durante sua passagem pelo tapete vermelho do Festival de Cinema de Cannes. A equipe do filme Medusa – a diretora Anita Rocha da Silveira, Lara Tremouroux, Felipe Frazão, Mari Oliveira e Fernanda Thurann -, que faz parte na Quinzena dos Realizadores, posou com um cartaz, no qual era possível ler “533.000 morreram no Brasil de uma doença para a qual já tem vacina.”

A atriz usava um look da grife Gucci para a estreia no tapete vermelho, que aconteceu no domingo (11). Este ano, vários elencos passam pelo mesmo tapete vermelho ao mesmo tempo, onde posam para fotos e fazem a première de seus filmes – que não necessariamente são exibidos no mesmo dia. A equipe de Medusa posou no mesmo tapete vermelho no qual estava o elenco do filme italiano Tre Piani.

Em Medusa, produzido por Vânia Catani, o tema é a pressão da sociedade sobre a mulher. No filme, Bruna interpreta Melissa, personagem que representa a Grande Medusa, uma mulher livre que paga um preço alto por não baixar a cabeça à sociedade. “Posso adiantar que além da alegria de voltar a Cannes, Melissa é uma personagem que me orgulho: além de eu aparecer irreconhecível, ela vive uma sociedade repressora, o que torna a história muito pertinente para os dias de hoje”, revela Bruna.

Medusa se passa em uma parte do Rio onde a vida é dominada pela igreja pentecostal que influencia aquela região. Mari é Mariana, uma jovem evangélica aparentemente “normal”. Só que, naquele universo distópico, onde a religião comanda a vida de todos, algumas fiéis resolvem converter e punir mulheres mais livres “na base da paulada”.

O filme terá sua exibição em Cannes nesta segunda-feira (12).