Após ser repudiada por Coren, Bruna Marquezine se pronuncia: ‘indústria pornográfica’

Atriz diz que enxergou o episódio como uma “oportunidade de aprendizado e transformação”

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Fantasia de Bruna deu o que falar e causou repúdio
Fantasia de Bruna deu o que falar e causou repúdio

A atriz Bruna Marquezine causou nas redes sociais, na madrugada de terça (2), ao compartilhar a “fantasia” que escolheu para uma festa de Halloween. Para a comemoração, ela usou um look de enfermeira e publicou fotos sexys, sensualizando com os trajes.

A atitude provocou o repúdio do Coren (Conselho Regional de Enfermagem) de São Paulo, que divulgou uma nota fazendo severas críticas à artista. Em seguida, Bruna apagou as imagens.

Depois da polêmica, a atriz decidiu se pronunciar e pediu desculpas pela vestimenta. “A todas as profissionais de enfermagem friso aqui meu total respeito à categoria. Eu as vejo como heroínas. Jamais seria minha intenção causar qualquer desvalorização à classe na escolha de uma fantasia de Halloween. Essa luta também é legítima e eu pessoalmente batalho pra que mulheres tenham liberdade e respeito em todos os ambientes e em todas suas escolhas profissionais e pessoais”, disse inicialmente.

“Lamento não ter tido o conhecimento sobre esse tema antes, mas que essa discussão sirva verdadeiramente como oportunidade de aprendizado e transformação. Como artista e consequentemente pessoa pública tenho total conhecimento sobre o meu alcance e poder de influência, no entanto convido os órgãos competentes, a uma reflexão profunda, e não pessoal, sobre como a indústria pornográfica, o machismo estrutural e a cultura do estupro são o verdadeiro cerne da sexualização e erotização das mulheres em qualquer uma das profissões”, finalizou Bruna.

A declaração da atriz aconteceu após o órgão alegar em nota oficial que a atitude, especialmente vindo de uma celebridade, desvaloriza o profissionalismo da enfermagem.

“É inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em carnavais, festas de halloween e sátiras continue sendo tolerada pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião. […] Repudiamos veementemente essa conduta, pois ela incentiva a sexualização de uma categoria que há décadas luta por valorização e respeito. São trabalhadoras que enfrentam sucessivas jornadas de trabalho, em seus lares e no cotidiano profissional e que não merecem ou devem ser estereotipadas dessa forma”, dizia a nota do Coren-SP.

 
 
 
 
 
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