Videoaula provoca reflexões sobre importância cultural da Faixa Paraguaia em Live
Símbolo cultural fronteiriço, a faixa paraguaia ganha videoaula lançada nesta quinta-feira (1º) com live sobre inovação e patrimônio cultural
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Importante símbolo cultural fronteiriço, a faixa paraguaia ganha videoaula que será lançada nesta quinta-feira (1º) com live sobre inovação e patrimônio cultural. Para provocar reflexões sobre a importância e a potência da faixa paraguaia dentro do universo da economia criativa, o lançamento acontece com palestra sobre inovação, patrimônio cultural e tecnologia social com o especialista André Lira (PE) às 16h no canal Faixa Paraguaia no Youtube.
Mais do que símbolo de um peão bem paramentado, a faixa paraguaia, carinhosamente chamada de faixa pantaneira, é um importante símbolo cultural de Mato Grosso do Sul. Para ampliar sua difusão, seu modo de fazer e seu processo histórico e cultural, dia 1o. de abril será lançada a videoaula Faixa Paraguaia – Tecendo nossa História, realizada por Claudia Medeiros. A aula será liberada gratuitamente no canal do projeto.
Para o lançamento, a produtora e gestora cultural, Claudia Medeiros, convidou André Lira (PE), especialista de negócios e inovação nos campos da cultura e criatividade, para falar sobre a importância da cultura para o desenvolvimento de territórios, além de refletir sobre perspectivas de futuro frente aos desafios impostos pela pandemia aos setores cultural e criativo no Brasil. A Live terá uma hora de duração e será transmitida pelo canal faixa paraguaia no youtube dia 1o. de abril às 16h.
A live trará questões de suma importância não apenas ao ecossistema da Faixa Paraguaia, como também ao da economia criativa, importante setor que atrela sua produção às histórias, memórias, paisagens, talentos e culturas locais. André Lira atua no Brasil e em países Europeus na estruturação de ecossistemas empreendedores e trará sua experiência para a realidade local, propondo reflexões e provocações no âmbito do patrimônio cultural, inovação, tecnologia social e empreendedorismo.
A videoaula
Entre março e abril a oficina Faixa Paraguaia – tecendo nossa história formará, presencialmente, 10 faixeiras em Campo Grande. “Resolvemos criar a videoaula porque acreditamos que tal saber tradicional deva ser difundido ao máximo devido sua potência como símbolo cultural e, também, oportunidade de complementação de renda com a produção e comercialização das faixas paraguaias para as artesãs”, explica Claudia.
A videoaula completa tem 120 minutos de duração ou também pode ser feita em 10 módulos separadamente. Nelas, Claudia Medeiros ensina como preparar o tear, como tecer, material utilizado, além de dar dicas de como construir seu próprio tear, entre outros segredos fundamentais da arte da faixa paraguaia. Este projeto foi realizado pela Lei Aldir Blanc via Prefeitura Municipal de Campo Grande.
Histórico da Faixa Paraguaia
Na segunda metade do século XIX, a Guerra do Paraguai, a exploração da erva-mate por meio da Companhia Matte Larangeira e a pecuária foram os fatos históricos que contribuíram para a presença e a permanência de paraguaios no sul do, então, Mato Grosso. Após o ciclo da erva mate e da charqueada, a mão de obra paraguaia foi absorvida para o trabalho nas fazendas. E, como herança cultural deste período, hoje, a faixa paraguaia além do caráter utilitário, passou a ser artesanato de referência cultural e, também, sinônimo de um peão bem paramentado. O uso da faixa enrolada na cintura tem o objetivo de dar sustentação à coluna do peão nas longas cavalgadas, uma vez que o seu trabalho implica em extensas jornadas no campo pantanal adentro.
Sobre André Lira
Consultor de negócios e inovação nos setores da economia criativa. Músico e Produtor Cultural. Atua no Brasil e em países Europeus na estruturação de ecossistemas empreendedores. Publicou o livro “Negócios, Cultura e Criatividade: guia para empreender na economia criativa”. Participou como consultor, mentor, instrutor e palestrante em projetos a exemplo do: CONNECT Programme, da Comissão Europeia; e DOURO CREATIVE HUB, promovido pela Universidade de Trás-dos-Montes e Alto Douro, no Norte de Portugal.
Em 2020, durante a pandemia, foi um dos coordenadores da pesquisa “Percepções do Impacto da Covid-19 nos Setores Cultural e Criativo no Brasil”, com apoio da UNESCO Brasil, SESC Nacional, FFLCH USP, Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes de Cultura e 13 Secretarias de Estado de Cultura.
Sobre Cláudia de Medeiros
Produtora, Gestora Cultural e Ambiental, Diretora Executiva e fundadora da CM Marketing Cultural. Possui experiência em políticas públicas, foi Superintende de Economia Criativa do Estado do MS, Consultora de Cultural do Sebrae, realizou projetos com diversos artistas de diferentes segmentos culturais e é a idealizadora e coordenadora do Ponto de Cultura Sapicuá Pantaneiro, onde se promove a valorização da cultura sul-mato-grossense.
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