Quando o assunto é começar o ano bem, as crenças populares ficam mais latentes no imaginário popular: vale pular sete ondas, comer lentilha e vestir de roupa branca ou até cueca amarela. Mas, afinal, qual é a melhor receita para superar um ano tão caótico? A reportagem do Jornal Midiamax visitou a rua 14 de julho na véspera do Ano Novo para ouvir da população a mandinga infalível para superar 2020.
Se o branco traz sorte, a ciências ainda não provou. Porém, vale tudo para deixar 2020 ano na gaveta das memórias. Herica Rosa, de 21 anos, esteve na principal rua do comércio da Capital com a irmã, mãe e filha para comprar roupa branca. “Dizem que vestir branco traz paz, compramos para toda família”, explicou Herica.
Depois de garantir o look da virada até para o marido, Herica revelou planos de providenciar uma bom cacho de uva para ceia de natal. Independente de onde veio a recomendação, o importante é que a crença faça um 2021 bem diferente. “Vou comer uva também, o povo fala que é bom, nós comemos”, finalizou.
Saindo da clássica vestimenta de fim de ano, chegamos ao caso menos comum, o da cueca amarela. O vendedor Paulo Henrique Rodrigues, de 27 anos, disse ter um amigo que todo ano passa a virada com cueca amarela: como toda mandinga, tem suas regras específicas. “Ele compra uma cueca nova todo ano e só pode usar no dia, diz que é para atrair dinheiro”, explicou.
Mesmo com toda a preparação, Rodrigues relata que a tradição ainda não deu certo para o amigo. “Ele fala que atrai dinheiro, mas acho não funcionou ainda, ele vive na ‘pindura'”, brincou o vendedor.
Vai na fé
Para os mais religiosos, a saída foi buscar refúgio na oração. A pastora Diana Souza, de 47 anos, disse que iria reunir filho, sobrinho e marido para começar o ano orando. “Começamos as 23:50 e paramos só depois da virada. Para gente entrar no ano abençoado”, explicou Diana.
Na casa da recepcionista Franciny Assis, de 32 anos, a tradição de comer lentilha foi passada de geração em geração. “Minha vó sempre faz lentilha, veio da mãe dela e passou para minha mãe”, detalhou Assis.
Entretanto, o costume não agrada a todos os membros do seio familiar e a simpatia deve morrer nessa geração. “Não sei fazer e nem onde comprar. Não gosto”, Finalizou Franciny.
Ainda dá tempo?
A maioria das simpatias são feitas na véspera, mas será que hoje, no primeiro dia de 2021, elas ainda tem eficácia? A reportagem não encontrou a resposta, mas a certeza que fica é que todo dia é um novo dia para começar um ano novo. E você, qual simpatia fez ou pretende fazer?