Clássico brasileiro, ‘Bandido da Luz Vermelha’ é o primeiro longa-metragem a entrar na plataforma gratuita do Itaú

Nesta terça-feira (9), o filme brasileiro ‘Bandido da Luz Vermelha’, do cineasta e crítico de cinema Rogério Sganzerla, entra para o catálogo do Itaú Cultural Play. Este é o primeiro longa-metragem a compor os conteúdos de audiovisual da plataforma. A obra é o primeiro filme da carreira de Rogério, produzido em 1968, quando ele tinha […]

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o bandido da luz vermelha
(Divulgação)

Nesta terça-feira (9), o filme brasileiro ‘Bandido da Luz Vermelha’, do cineasta e crítico de cinema Rogério Sganzerla, entra para o catálogo do Itaú Cultural Play. Este é o primeiro longa-metragem a compor os conteúdos de audiovisual da plataforma.

A obra é o primeiro filme da carreira de Rogério, produzido em 1968, quando ele tinha 22 anos. Estão no elenco: Paulo Villaça (1933-1992), no papel principal, Helena Ignez, Sérgio Mamberti (1939-2021), Pagano Sobrinho, Ítala Nandi, entre outros. A produção chega à plataforma para rememorar a sua importância para o cinema brasileiro e sua morte faz duas décadas – em 2004, aos 57 anos.

Sobre ‘O Bandido da Luz Vermelha’

‘O Bandido da Luz Vermelha’ é considerado um dos filmes mais importantes do cinema brasileiro. A produção foi bem aceita pela crítica e pelo público por abordar o gênero policial e o humor da chanchada. Em 1969, a obra foi considerada o melhor filme do Festival de Brasília.

O longa é uma paródia sobre a vida de Acácio Pereira da Costa, construída no mundo do crime. Ele ganhou as manchetes em todo o país por praticar diversos assaltos e sempre conseguir escapar. Em 1967, após forte empenho das forças policiais, foi preso. O nome da produção se refere ao apelido do assaltante, que se utilizava de uma lanterna para invadir residências no estado de São Paulo.

No roteiro, a trajetória do anti-herói Jorginho, interpretado por Paulo Villaça (1933-1992), é contada por meio da narração de dois interlocutores radiofônicos, que pontuam e comentam suas ações de maneira sensacionalista, contribuindo para a construção da imagem de bandido célebre, em contraposição à figura do personagem no quarto de um edifício precário, na Boca do Lixo, também conhecido como Quadrilátero do Pecado, em São Paulo.

Sobre Sganzerla

A carreira de Rogério Sganzerla soma 25 filmes, entre documentários e ficções de curtas e longas-metragens. Ele começou a se interessar por cinema aos 13 anos, quando estudava no Colégio dos Irmãos Maristas em Florianópolis, em 1959. Passados dois anos, mudou-se para São Paulo e passou a frequentar a programação da Cinemateca Brasileira e decidiu ingressar no universo cinematográfico. Nessa época, escrevia profissionalmente sobre cinema para o Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo e nos periódicos Jornal da Tarde e Folha da Tarde.

Durante a década de 60, o cineasta se tornou referência do cinema autorial e um dos precursores do chamado cinema marginal, que tem origem no cinema-verdade francês e na produção independente norte-americana. Entre a sua produção audiovisual, oito filmes trazem influências de Orson Welles, Noel Rosa, Jimi Hendrix e Oswald de Andrade, artistas que o cativaram e se tornaram referenciais em sua vida e obra.


Rogério morreu em 2004, no Hospital do Câncer de São Paulo, deixando a mulher, a atriz Helena Ignez, protagonista feminina do filme e as filhas, Djin Sganzerla, também atriz, e Sinai Sganzerla, cineasta e roteirista.

Como assistir?

O filme estará disponível na plataforma ‘Itaú Cultural Play’ a partir desta terça-feira (9). Lembrando que a classificação indicativa é para maiores de 16 anos, já que contém cenas de violência, nudez e drogas. A exibição é gratuita.

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