Na última semana, a plataforma de streaming divulgou novas imagens do aguardado remake de ‘Sex & The City', série que ganha o nome de “And Just Like That” nesta nova temporada. As cenas mostram três das quatro amigas que estrelavam a clássica produção em uma fase da vida mais amadurecida: Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Charlotte York (Kristin Davis) e Miranda Hobbes (Cynthia Nixon).

As expectativas geradas entre os fãs da série, que marcou o fim da década de 90 e o início dos anos 2000, fizeram com que muita gente refletisse sobre o impacto do programa na moda na representatividade e na quebra de tabus relacionados ao sexo desde então.

“Diferente do que muitos acham, a moda, por exemplo, não é futilidade. Ela é um grande salva-vidas da autoaceitação e autoestima”, explica o diretor artístico Ale Monteiro, que defende que a série ressignificou a importância da moda. “Moda vem do Latim Modus, que nada mais é que seu modo. Possibilita a pessoa a ser ela mesma. Cada peça de roupa que usamos é um objeto iconográfico pra expressar individualidade e ‘Sex and The City' traz isso de forma primorosa.”

Situado em Nova York, o programa conta a história de amigas que, apesar de suas diferentes personalidades, permanecem inseparáveis. Além disso, seu enredo abordava dilemas relevantes e modernos como relacionamentos e sexualidade. De acordo com Ale, a liberdade sexual, além de ser uma questão social, também é lucrativa para o meio audiovisual.

“O sexo vende. Seria impossível eu negar que a essência do nosso business é o sexo. Um homem ou mulher pelada vende qualquer produto”, explica. E essa realidade foi mudando com o tempo. Se nos anos 90, alguns diálogos entre as personagens poderiam ser considerados chocantes, hoje em dia eles são corriqueiros em qualquer novela das 7.

Além disso, a diversidade sexual também tem sido trazida com cada vez mais frequência em grandes produções de Hollywood. “Sex Education”, série da que lançou sua nova temporada neste mês e cujo público-alvo consiste em jovens e adolescentes, é a prova viva desse fenômeno.

“O movimento da evolução dos padrões evoluiu muito tanto nos tabus relacionado à sexo quanto à moda. Eu acho que vivemos atualmente em um ambiente muito mais tecnológico e com acesso fácil à informação, o que impacta de uma forma diferente. Mas a principal evolução tem sido vista nos diálogos e na liberdade de expressao dentro da moda e do sexo”, finaliza Ale Monteiro.