A 3ª Mostra do Filme Marginal tem como objetivo fomentar, valorizar e divulgar a produção audiovisual independente, não se tratando de um evento competitivo. Realizado pela primeira vez em 2017, no , a Mostra também visa ser instrumento para a formação de público para um cinema popular, autoral e crítico, com destaque nas produções que transponham para a tela personagens e temáticas que estão à margem do sistema, distantes do circuito do Cinema comercial.

3ª Mostra do Filme Marginal acontece nos dias 16 e 17, em Campo Grande. Programe-se!Além de trazer informação, promover reflexão e retratar pontos de vistas sociais diferentes, a iniciativa tem o intuito consolidar a Mostra do Filme Marginal em Mato Grosso do Sul, assegurando a realização das futuras edições no estado, e tambpem estimular a produção audiovisual independente local e a ampliação de um público crítico e consistente. Por esta razão, apoiadores sul-mato-grossenses da Mostra unem esforços voluntários a fim trazer, pela primeira vez, o evento para o MS.

Para a obtenção de recursos em favor das sessões programadas para janeiro, bem como para a vinda de membros da equipe da Mostra, será realizada uma festa no próximo sábado, dia 11, às 20h, no Rotunda. A festa contará com bandas e DJ, apoiadores da inciativa. A entrada custará 5 reais.


Democratização Cultural

Um dos eixos políticos da Mostra é a democratização do acesso à produção cultural – portanto forjam parcerias com com espaços públicos e comunitários de forma a garantir a gratuidade dos eventos, além de possibilitar a realização destes em comunidades periféricas ou distantes de centros urbanos.

A Mostra já circulou na Bahia, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro (onde começou, em 2017), além de sessões também em Paris, capital francesa, em 2019. Para a terceira edição, a Mostra recebeu cerca de 600 inscrições, dos quais 118 foram selecionados, de todas as regiões do país – inclusive de localidades distantes do eixo midiático e comercial. A meta é que a Mostra do Filme Marginal cada vez mais se enraize, garantindo a articulação entre os realizadores e entre estes e o público.

 

PROGRAMAÇÃO – 16 DE JANEIRO

LOCAL: Central de Economia Solidária.
Marechal Rondon, 1500 – Centro.


17:00. SESSÃO MARGINAL I

  1. LAMA: O Crime Vale no Brasil.  A tragédia de Brumadinho.
    Documentário, 77 Min, Brumadinho/MG. 2019, Direção: Carlos Pronzato e Richardson Pontone.

Sinopse: No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem do Córrego do Feijão rompe em Brumadinho, espalhando um mar de lama pela região. A barragem pertencia à mineradora Desde o episódio uma equipe esteve entre estradas, ruas e lama para registrar o cenário e captar as vozes que nos curtos intervalos dos helicópteros enunciaram seu testemunho da tragédia. Este documentário de intervenção política foi produzido de forma independente, trazendo mais de 50 entrevistas com especialistas no assunto, moradores da região, militantes de movimentos sociais e representantes de órgãos oficiais, além de materiais relacionados com o episódio, reunidos minuciosamente.

CLASSIFICAÇÃO – LIVRE


19:30. SESSÃO MARGINAL II

  1. Um breve relato.
    Documentário, 15 Min, Brasil, 2018, 12 Anos. Direção: Avelino Regicida.

Sinopse: Pessoas com diferentes atuações sociais e de diversas localidades foram o foco nos relatos do curta que propõe a reflexão sobre o que é guerra de classes. Gravado de setembro de 2012 à abril de 2018.

  1. El Pueblo Que Falta.
    Documentário, 80 Min, América Latina, 2015, 14 Anos. Direção: André Queiroz e Arthur Moura.

Sinopse: A violência estrutural de Estado na América Latina a partir de depoimentos de ex militantes políticos e ativistas de organizações de direitos humanos.

CLASSIFICAÇÃO – 14 ANOS

 

PROGRAMAÇÃO – 17 DE JANEIRO

LOCAL: Comunidade Quilombola de Tia Eva.
Rua Eva Maria de Jesus, s/n, Seminário.


17:00. SESSÃO MARGINAL III

  1. João.
    Experimental, 03 Min, Maraú/BA e Rio de Janeiro/RJ, 2018, Livre. Direção: Clementino Junior e Márcio Januário.

Sinopse: Experimento poético sobre o “Rei do Candomblé” Joãosinho da Goméia.

  1. A Fé.
    Documentário, 07 min, Cachoeira/BA e Rio de Janeiro/RJ, 2018, Livre. Direção: Clementino Junior.

Sinopse: 3 vozes de mulheres baianas ecoam suas vozes na paisagem de Cachoeira, na Bahia, falando sobre a fé.

  1. Dos Filhos Deste Solo És Mãe.
    Ficção, 09 min, Taquaritinga do Norte/PE, 2019, Livre. Direção: Antonio Fargoni.

Sinopse: Ancestralidade é alma. É a força que encoraja um povo desde mil e quinhentos.

  1. Por Gerações.
    Documentário, 23 min, Baixada /RJ e Salvador/BA, 2019, Livre. Direção: Leila Xavier.

Sinopse: O documentário tem por finalidade mostrar o legado religioso e cultural deixado por Iyá Nitinha. No aspecto cultural, Iyá Nitinha, foi a idealizadora da Orquestra de Atabaques Alabe FunFun, patrimônio cultural que mostrar a força do atabaque em nossa cultura . Essa mulher, fincou em Miguel Couto, Baixada Fluminense um pedaço de raiz do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, tradição viva há mais de 150 anos.

  1. Nosso Sagrado.
    Documentário, 31 Min, Rio de Janeiro/RJ, 2017, 10 anos. Fernando Sousa, Gabriel Barbosa e Jorge Santana.

Sinopse: O documentário investiga a perseguição e o racismo religioso contra o Candomblé e a Umbanda, que foram criminalizadas na Primeira República e na Era Vargas. Durante esse período mais de 200 objetos foram apreendidos pela polícia. As peças sagradas da Umbanda e Candomblé foram expostas como “Coleção Magia Negra” e ainda hoje encontram-se sob a posse do Museu da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. A partir da fala de religiosos, pesquisadores e militantes, buscamos entender a importância do acervo sagrado afro-brasileiro, a luta pela sua libertação e os efeitos do racismo religioso.

CLASSIFICAÇÃO – 10 ANOS


19:30. SESSÃO MARGINAL IV

  1. CoroAção.
    Experimental, 09 min, Rio de Janeiro/RJ, 2019, Livre, Direção: Juciara Áwô e Luana Arah.

Sinopse: A performer Mariana Maia transita seu corpo pela cidade numa narrativa sensorial que envolve a relação da água na sua ancestralidade enquanto mulher preta.

  1. A Pedra.
    Documentário, 81 minutos, Rio de Janeiro/RJ, 2019, Livre. Direção: Davidson Davis Candanda.

Sinopse: Roberto Borges é professor do mestrado em Relações Étnico-Raciais do Cefet-RJ – curso que ele ajudou a criar.
A professora Heloise da Costa realiza, numa escola municipal da Vila Cruzeiro, favela do Complexo da Penha (RJ), um projeto que trabalha a construção de identidade de crianças negras.
Aos 42 anos, Adelson Martins tenta terminar o ensino médio e gerir o seu próprio negócio, uma serralheria, com ajuda da esposa.
O filme é um olhar sobre esses três personagens, aborda algumas de suas conquistas na luta antirracista, além de levantar questões sobre racismo na educação.

CLASSIFICAÇÃO – LIVRE