O público é acostumado desde pequeno a narrativas em que tudo termina bem e os problemas são resolvidos. De forma geral, pelo menos. Mas, convenhamos, quando aparece algum roteiro que desvirtua esse conceito e o final é pessimista, a história incomoda tanto, no bom sentido, que somos marcados pela experiência e ficamos pensando nisso por um bom tempo.

Por isso, juntamos alguns exemplos do Mal triunfando de alguma forma nos momentos finais. que chocaram pela ousadia e não pouparam o público mais sensível. Confira essas obras peculiares. Cuidado com spoilers, hein?

 

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1 – O Bebê de Rosemary

O ano de 1968 trouxe muitas propostas ousadas. A adaptação do livro O Bebê de Rosemary foi uma delas, trazendo a história de uma pobre esposa grávida, arrastada em uma espiral de paranóia e loucura, cujo final traz um bocado de mal estar. Muitas pessoas passaram a desconfiar da simpatia dos vizinhos depois deste filme.

 

2 – Um Estranho no Ninho

Uma história sem fantasia e uma metáfora fortíssima sobre a repressão, através da perspectiva de um interno em um hospital psiquiátrico. A “vilã”, Enfermeira Ratched, encarnou o autoritarismo doentio e castrador, desafiado pelo protagonista vivido por Jack Nicholson. É um daqueles casos em que o filme estraga nosso dia, mas não deixamos de recomendá-lo.

 

3 – 1984

A obra mais famosa de George Orwell ganhou uma adaptação homônima no mesmo ano de seu título. Seguindo de perto o livro, o pobre Winston, vivido por John Hurt, sucumbe ao Sistema que tentou desafiar, representado pelo sádico O'Brien. Mais do que um libelo contra sistemas totalitários, nos faz pensar sobre como a narrativa continua relevante ainda hoje.

 

4 – Laranja Mecânica

9 filmes que o Bem não vence o Mal

Um dos trabalhos mais icônicos de Stanley Kubrick. Não existem heróis ou vilões, só um sistema podre, que gera jovens como Alex, o protagonista. Submetido a um programa que tenta suprimir sua tendência à violência, o rapaz se torna uma vítima no fim das contas. Aqui, não importa quem vence no final, já que o Mal é tudo que existe, no fim das contas.

 

5 – Ponto Final: Match Point

Woody Allen na lista, com uma história sobre como um pequeno acaso é o bastante para livrar um criminoso. Um ex jogador de tênis se envolve com a noiva de seu futuro cunhado. Quando a traição resulta em uma gravidez indesejada e a possibilidade de um escândalo, ele precisa agir de forma radical para manter sua posição. Um filme para refletir sobre a influência da sorte em investigações policiais.

 

6 – O Exorcista

Alguns podem dizer que a entidade saiu do corpo da menina no final, portanto, o Bem venceu. Ledo engano, pois aquela família passou por um trauma incomparável, o padre Merrin, arqui inimigo do demônio Pazuzu, foi morto e o padre Karras tem um destino dos mais tristes. No fim das contas, a conclusão lógica é que o espírito ruim conseguiu o que queria e partiu para atormentar outras pessoas.

 

7 –  Batman: O Cavaleiro das Trevas

9 filmes que o Bem não vence o Mal

Mais um caso dúbio, pois o Coringa foi preso no final. Porém, para ele tanto fazia, já que sua onda de loucura destruiu Harvey Dent e obrigou o Batman a assumir um crime que não cometeu, além de Gordon precisar encobrir tudo pelo bem de Gotham City. Quando acaba, o nó na garganta é inevitável, pois os bem intencionados é que sofreram, virando do avesso vários clichês de narrativa policial.

 

8 – A Profecia

Três anos depois de O Exorcista, narrativas demoníacas ainda estavam na . Primeira e melhor parte de uma trilogia, A Profecia mostrou um diplomata adotando uma criança, sem saber que levou para casa ninguém menos que o Anticristo citado nas escrituras. O pequeno Damien é uma criança assustadora e, como primeiro capítulo, só poderia terminar mesmo é com a do coisa ruim.

 

9 – Taxi Driver

Travis é um taxista paranoico, ex-veterano do Vietnam, que encontra uma forma de direcionar sua loucura violenta na missão auto investida de salvar uma prostituta adolescente. Porém, ele nada tem de herói e tampouco seria um exemplo para qualquer pessoa. Mais um caso de Cinema setentista onde não existe um Bem para confrontar o Mal, deixando um peso melancólico nas costas de seu público quando termina.