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‘Yokozuna pantaneiro’ some e historiador japonês busca vestígios em MS após 95 anos

Montarou Hibi teria vindo para Aquidauana e falecido em janeiro de 1930
Graziela Rezende, Henrique Arakaki -
Jornal fez reportagem sobre o yokozuna pantaneiro (Reprodução)

Yokozuna’ (横綱) é o mais alto posto que um lutador de sumô pode alcançar. No , é tão respeitado que a sociedade o considera uma divindade, além de exemplo de força, disciplina e habilidade, fazendo as pessoas, inclusive, se curvarem diante dele, como sinal de reverência. Sendo assim, neste sistema criado há séculos, somente cerca de 70 homens conseguiram tal título, e um deles veio parar em .

Ao menos, é o que dizem os vestígios. O nome dele é Montarou Hibi, porém, no esporte, tinha o nome de Oikari. Aqui, ficou conhecido como “yokozuna pantaneiro” após, supostamente, se estabelecer em Aquidauana, na região oeste do Estado, local conhecido também como porta de entrada do pantanal sul-mato-grossense. Na época, o que se soube é que uma comitiva saiu para apresentar o sumô ao mundo, porém, foi se desmanchando e Montarou teria vindo para MS.

Conforme pesquisadores, o lutador faleceu no dia 27 ou 28 de janeiro de 1930, sendo sepultado no município brasileiro. Anos depois, a descoberta ocorreu porque, na época, estes amigos publicaram uma nota de falecimento, no jornal Nippakun Shinbun, com os sobrenomes: Nakamura, Hara, Ise, Sonoda, Yagou, Nakayama e Toru.

Japão quer saber se yokozuna deixou descendentes no Brasil

Ainda durante a busca por informações, foi descoberto que, em , também existe uma rua de nome Toro Nakayama. A intenção agora, ainda de acordo com pesquisadores, é localizar algum descendente, e entender como o yokozuna veio parar no .

A reportagem do Jornal Midiamax conversou com Ryo Aizawa, pesquisador da história do sumô e também editor da revista “Cultura do Sumô Profissional”, que é lançada somente três vezes ao ano e aborda o esporte antigo e atual sob diversas perspectivas.

A primeira questão é porque, depois de tanto tempo, é importante resgatar esta história, além de entender o motivo da busca pelos descendentes e a relação entre os países, principalmente, quando se fala nesta prática.

Segundo o pesquisador, o sumô profissional é uma das tradições culturais mais representativas do Japão e, atualmente, tem atraído atenção mundial. Além disso, o Brasil e o Japão compartilham uma longa relação histórica, iniciada com a japonesa.

Desta forma, caso surjam novas informações sobre Oikari, Ryo Aizawa pretende apresentá-las nesta revista e em diversas outras mídias, já que possui diversos contatos na área do sumô profissional. “A notícia da morte de ‘Oikari’, cuja situação nos últimos anos de vida era desconhecida e que se acreditava ter falecido em circunstâncias infelizes, foi descoberta em um jornal brasileiro apenas três anos atrás”, inicia o pesquisador.

Pesquisador sonha em reconstituir a história de ‘Oikari’, o yokozunha pantaneiro

(Reprodução)

Em seguida, Aizawa fala do sonho em reconstituir a história de ‘Oikari’, não só para o sumô, mas, também como um material que aponte a relação entre o Brasil e o Japão, através da vida singular de um lutador de sumô.

Nas pesquisas que faz mundo afora, Aizawa questionou quem foram os amigos dele em Aquidauana, qual local foi sepultado, além de buscar possíveis cartas, fotos e outros registrados.

“Existem investigações em andamento, tivemos o nome dele identificado, em uma reportagem de 2022. Para o Japão, o sumô profissional é o esporte nacional, conhecido como ‘Kokugi’, é um dos símbolos da cultura japonesa, sendo que os atletas do passado possuem a sua história registrada no Museu do Sumô, administrado pela Associação Japonesa de Sumô, e muitos estudiosos e entusiastas do sumô continuam investigando e publicando livros sobre o tema”, explicou.

O pesquisador também ressaltou que muitos lutadores representativos da história, frequentemente, têm monumentos construídos em suas cidades natais ou locais de falecimento, sendo suas histórias passadas nas comunidades locais.

E aí? Já ouviu falar no yokozuna pantaneiro? Conte pra gente!!

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