VÍDEO: Único sobrevivente dos incêndios no Pantanal Sul, ‘Luizinho’ será devolvido à natureza

Durante o fogo, sete tamanduás foram resgatados e apenas este, que teve as quatro patas e mais de 30% do corpo queimados, sobreviveu

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Tamanduá Luizinho em tratamento (Instituto Tamanduá/Arquivo Pessoal)

Único sobrevivente entre os tamanduás queimados no Pantanal sul em 2024, Luizinho será devolvido à natureza nesta terça-feira (7). Na ocasião, sete tamanduás foram resgatados e apenas este sobreviveu, na época com quatro patas e mais de 30% do corpo queimados.

Levado para a base de campo da Aguapé, o animal recebeu o tratamento necessário. Agora, além de ser solto, será uma referência genética para todos os tamanduás do mundo, já que o seu genoma será mapeado na Alemanha.

Tratamento do tamanduá durou cerca de 4 meses

(Instituto Tamanduá/Arquivo Pessoal)

“Ele vai voltar à natureza, após tratamento que começou em agosto, quando o resgatamos na fazenda e pousada Caiman, a qual queimou mais de 80%. Quando o fogo apagou, depois de uns três dias, nós o encontramos e ele, provavelmente, foi andar numa área que já queimada, com aquele fogo de chão, queimando bastante as patas e os membros posteriores. Assim ele ficou lá, deitado, uns três, quatro dias, sem comer, sem tomar água e muito desidratado”, afirmou ao MidiaMAIS a professora e fundadora do Instituto tamanduá, Flávia Miranda, de 50 anos.

Sobre o tratamento, Flávia ressalta que foi “de ponta” e que o animal recebeu tilápia, pele de tilápia e, inclusive, medicamento para pessoas queimadas. “O mais difícil, quando se resgata um animal queimado, é conseguir hidratá-lo, então, foi todo um processo e agora ele está ótimo. É um macho forte, provavelmente, o macho reprodutor. O único tamanduá que a gente conseguiu, diante desse cenário todo, ter sucesso, porque é muito difícil, como falei, conseguir cuidar de animais queimados e a gente está super feliz. Ele será monitorado por dois anos”, explicou.

Genoma de referência

(Instituto Tamanduá/Arquivo Pessoal)

Outra situação interessante é que o animal vai ser o genoma de referência para os tamanduás. “Temos uma parceria com um instituto, em Berlim, na Alemanha, que é o Instituto Leibniz, que está fazendo o genoma desta espécie e vai ajudar muito na parte de conservação, para a gente entender as populações, e o Luizinho é o genoma de referência, então, isto é muito legal, é bem simbólico, o que ele vai representar para a conservação de toda espécie”, finalizou Miranda.

Confira alguns momentos de resgate e tratamento do Luizinho:

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