Armadilha fotográfica do Projeto Jaguatiricas, instalada no Pantanal de Miranda, a cerca de 207 km de Campo Grande, flagrou um comportamento das onças-pintadas: o esturro. Nas imagens captadas por uma câmera instalada em meio à natureza, uma fêmea adulta aparece “soltando a voz”.
O biólogo Henrique Villas-Boas Concone, idealizador do projeto, explica que esse felino tem o comportamento de esturrar, que é emitir um som intermitente e pausado.
“É um som usado para comunicação entre onças-pintadas, vamos dizer assim. Então, ela pode usar isso quando está em busca de um parceiro. Tanto a fêmea, quanto o macho, vocalizam tentando encontrar parceiro. Isso significa que estão sinalizando a presença”, afirma o biólogo.
Ele ainda conta que o animal às vezes usa esse som ao entrar em uma área. “Ele vocaliza e tenta escutar algum outro animal responder. Então também é uma forma de mostrar onde está tua posição e tentar encontrar outro animal”, detalha o especialista.
Sinal para outros animais
Além disso, o som também é usado para demarcar o território. “As onças-pintadas têm ‘áreas de vida’ que a gente fala, e é comum os animais também irem vocalizando dentro dessa área, de tempos em tempos, ou a cada tantos quilômetros que o animal anda, fazendo essas vocalizações como forma de demarcar o espaço onde ele anda”, esclarece o biólogo.
Ou seja, esse comportamento normalmente está associado a essa ideia de comunicar entre onças. “Macho chamando fêmea, fêmea chamando macho, sinalizando a posição onde o bicho está. Caso, às vezes, ele escuta outro esturrando, ele esturra de volta, nesse comportamento de demarcar território”, completa.
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