Gabriel Henrique de Souza, 30 anos, precisou ‘recalcular a rota’ na pandemia, quando perdeu seu emprego inesperadamente. Na época, a sua esposa, Geovana Rodrigues, 25 anos, também ficou desempregada. Juntos, tiveram uma ideia para conseguir uma renda extra: vender trufas.
Segundo ele, os caminhos foram mostrados por Deus, após pedir fortemente por um direcionamento. Assim, botaram a ‘mão na massa’ e fabricaram os bombons para vender no estacionamento de um supermercado, na Avenida Júlio de Castilho.
“Estava muito difícil a situação, porque todo dinheiro que a gente pegava, a gente tinha que pagar aluguel. Eu tinha um bebezinho de nove meses também. Então, sobrou cem reais, e comprei uma barra e mais dois ingredientes de coco e chocolate. Comecei a fazer trufas para vender”, conta Gabriel.
Criado, desde pequeno, frequentando a religião evangélica, Gabriel já atuava como obreiro em igreja de Campo Grande. Dessa forma, aproveitou a venda dos doces para levar a palavra de Deus aos clientes que também precisavam de um conforto.
“Além de vender as trufas, eu comecei a evangelizar, começava a falar de Deus. Às vezes, a pessoa tinha um problema, eu começava a falar coisas boas. As pessoas chegavam lá chorando, precisando de uma oração”, explica.
Vendedor de trufas ficou conhecido como Varão do Bolo
Dois anos após a iniciativa de vender as trufas, Gabriel subiu de cargo no ministério da igreja. O vendedor de trufas se tornou o pastor da Igreja Pentecostal. Nesse período, o casal encerrou a venda das trufas para se especializar nos bolos de pote.
“A Geovana fez um curso e a gente veio nessa ideia de fazer bolos de pote. Através deles, eu fui melhorando na área das vendas, e as pessoas começaram a me procurar para poder receber uma palavra profética, uma palavra de Deus”, conta.
Já conhecido na região por vender os bolos de pote, os clientes de Gabriel procuravam um apelido que simbolizasse o seu dom para a pregação. Foi assim que surgiu o nome ‘Varão do Bolo’.
“Falavam: ‘Esse menino é de Deus, esse menino é iluminado. Vamos dar um nome para ele’. Então, as pessoas começaram a me colocar o nome de Varão do Bolo, e a direção começou a mudar. Todo mundo começou a me procurar, os meus bolos, as palavras proféticas”, afirma.

Varão do Bolo afirma que doces já curaram doenças de clientes
Segundo Gabriel, pessoas com enfermidades passaram a procurá-lo. Ele afirma que as suas pregações e os bolos de pote já curaram diabetes e até câncer de clientes que compraram os doces.
“Através disso, muitas pessoas já foram curadas do câncer. Através da minha palavra, pessoas que tinham diabetes, que até comeram o meu bolo, receberam a cura. Porque, quando eu saio, eu já oro: ‘Deus, se tiver alguém enfermo, se alguma pessoa não puder comer, e ela comprar, pai, que ela venha a comer e sentir a cura'”, explica.
O Varão do Bolo ainda revelou que é procurado por pessoas que passam por alguma situação familiar complicada, como problemas matrimoniais. Conforme o vendedor de bolos, há dias em que fica mais de 50 minutos pregando o evangelho a quem necessita de uma luz.
“Várias pessoas me procuram, às vezes, com casamento ou com algo na família destruído. E, além das minhas evangelizações e das minhas orações, eu prego o evangelho. Tem dia que eu fico 40 minutos, tem dia que eu fico 50, tem dia que eu fico praticamente a tarde, passando por todo aquele processo que a pessoa está passando, falando de Deus para ela. Ali a pessoa sai renovada, sai transformada”, conta.

A iniciativa virou até exemplo para pessoas de outras cidades, que também tinham o sonho de empreender. “Eu tenho sido muitas bênçãos para a vida de muitas pessoas, que não vendiam e começaram a vender. No interior, como Camapuã, Bandeirantes, Rio Negro, Rio Verde. Fui abrindo a visão daqueles que um dia sonharam em empreender”, afirma.
Os interessados em encomendar os bolos de pote podem entrar em contato com Geovana Rodrigues, pelo número (67) 99182-3572. Mais informações sobre as vendas dos doces também estão disponíveis no Instagram da empresa: @3gdelicias.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)