O Dia dos Namorados costuma fazer os motéis bombarem em Campo Grande (MS). Todos os anos, é tradição para os casais aproveitarem uma noite de amor intenso nos estabelecimentos destinados ao prazer. Contudo, diante de uma nova geração que gosta mesmo é do perigo, este hábito pode estar se tornando “coisa do passado”.
É o que revela a sexóloga Karina Brum, em conversa com o Jornal Midiamax. De acordo com a especialista no assunto, tem sido cada vez mais frequente ouvir relatos de pacientes que indicam a ascensão de um costume capaz de deixar os motéis para trás nesta e em outras datas, sejam elas românticas ou não.
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A terapeuta expõe que, atualmente, namorados, casados e amantes já não buscam necessariamente um local reservado e entre quatro paredes para dar aquele amasso “mais profundo”.
“Na verdade, o pensamento das pessoas vêm mudando em relação a como aproveitar a própria sexualidade, principalmente após a pandemia. Experiências hedonistas [que buscam o prazer] ao ar livre, por exemplo, começaram a ser mais exploradas. Satisfazer algumas fantasias como ‘dar uns amassos’ dentro do carro, se tornou viável e interessante”, explica.
“Quando inovamos, geramos 3 vezes mais adrenalina”, diz sexóloga
Em datas como a desta quinta-feira (12), quando os casais ficam loucos para inovar ou apimentar a relação, na visão de Karina, os motéis já podem ter deixado de ser o maior atrativo.
“Acredito que tenham vários perfis consumidores na capital, contudo, as pessoas têm sentido mais adrenalina com a possibilidade do ‘ser pego/ser visto’. Há estudos científicos que comprovam que quando estamos excitados, liberamos adrenalina na corrente sanguínea. Quando inovamos e ‘quebramos as regras’, geramos 3 vezes mais adrenalina do que o comum e isso é extasiante”, ressalta.
“Mas deixo aqui um alerta! Nessa busca por mais adrenalina e emoção, a intimidade sexual não deve expor o outro — a relação precisa ser segura, saudável e consensual para ambas as pessoas envolvidas. Qualquer coisa fora dessa tríade é considerado abuso sexual”, pondera a sexóloga.
Quem quer ir a motel busca o quê?
Quanto àqueles que ainda prezam pelas quatro paredes nos momentos de prazer, Karina pontua que, atualmente, as pessoas buscam lugares que ofereçam a mínima estrutura. “Segurança, qualidade e estética decorativa. O motel que não se atentou a essa necessidade, certamente fechou (ou fechará) as portas. O público que planeja ir ao motel, deseja ter uma experiencia positiva, inesquecível e não memórias traumáticas”, comenta.
“Ouvi infinitas vezes de pacientes histórias do tipo: ‘o lugar não recebe manutenção ou o lençol estava manchado ou com algum tipo de sujeira ou Dra. a banheira tinha lodo’… Esse tipo de ingerência afasta o público que busca sair da rotina massacrante doméstica. Quem vem aproveitando e ganhando notoriedade são alguns hotéis da capital. O valor pode ser até mais alto, porém, a experiência de ter uma ‘noite’ especial é mais concreta”, finaliza.
E você, vai levar o mozão a algum motel ou está na fase de preferir experiências que gerem mais adrenalina na hora “H”?
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