“Pais” de uma bebê reborn decidiram colocar a boneca à venda em Campo Grande (MS) esta semana. Enfrentando dificuldades financeiras, o casal se viu obrigado a abrir mão do sonho da paternidade, já que a menina é tratada como filha dentro de casa.
Anunciada pelo valor de R$ 400,00, a boneca leva o nome de Heloise, mas é chamada de Elô, e é tudo para o casal. Contudo, nos últimos meses, os recém-casados passaram a ficar sem tempo para a filha postiça e, por isso, acharam melhor que ela ficasse sob os cuidados de quem consegue dar mais atenção.
“Então, eu e minha esposa decidimos colocá-la à venda pois não temos tido tempo para a boneca. Trabalhamos o dia todo e chegamos em casa tarde da noite. Estamos juntos há três anos, mas somos recém-casados. Então, devido as contas de casa, anunciamos ela abaixo do preço do mercado para sair o mais rápido possível”, explica o tutor da bebê reborn ao Jornal Midiamax.

Se desfazer de bebê reborn foi decisão difícil para os “pais”
Segundo o responsável, que tem 25 anos de idade e trabalha como administrador, a boneca hiper-realista não foi adquirida no surto coletivo dos bebês reborn que gerou a maior polêmica no Brasil, há três meses.
“Na verdade, não aprovamos como essa onda fez as pessoas comprarem por impulso e agora muitos estão desapegando sem pensar na boneca”, lamenta o rapaz.
Ele a esposa, uma social media de 18 anos, têm vivido uma difícil fase financeira, fato preponderante para a decisão de se desfazer da pequena. “Infelizmente, as contas apertaram logo nesses primeiros meses de casamento e tivemos que abrir mão desse sonho que é ter a primeira filha…”, desabafa.
A boneca foi comprada pela esposa, junto da família, há 2 anos e custou aproximadamente 800 reais. “Ela era cuidada pela minha esposa na casa dela antes de casarmos”.

“Uma criança normal”, afirma responsável sobre filha bebê reborn
O pai também conta que, nesse tempo, não conseguiu dar um quartinho para a filha, mas comprou um carrinho de bebê. “Por ser um bebê de aproximadamente 1 a 2 anos, ela dormia na cama com a gente ainda. Tínhamos ela como uma criança normal”, relata.
Para sentirem a maternidade e a paternidade mais latentes, os papais acrescentaram um detalhe especial no rosto de Elô: uma pinta bem característica e marcante. “Fizemos a pinta para ela ser identificada mais como nossa filha, pois também temos esse detalhe no rosto”, comenta o administrador.
Ele ainda expõe que houve um motivo para o casal optar por um bebê reborn ao invés de uma menina de carne e osso. “Sempre preferimos a Elô pelas vantagens sobre uma criança humana. Evitamos despesas com fraldas, alimentação, escola, e babá…”, garante.

Por R$ 400, Elô vai acompanhada de acessórios
Por fim, o campo-grandense diz que ninguém manifestou interesse na compra de Elô até o momento. “Estamos resistentes em abaixar mais o preço. Vamos aguardar”, finaliza.
Conforme o pai, a bebê reborn é muito bem cuidada e acompanha uma peça de roupa, um par de calçados, um carrinho de boneca grande e ele entrega com taxa. Agora, resta saber se alguém vai topar pagar R$ 400,00 para “adotar” a pequena Heloise.

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