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Projetada há 45 anos, piscina semiolímpica no Coophasul já foi até cenário para escolha de miss

Reportagem mostra detalhes da piscina semiolímpica, a única construída em uma escola municipal de Campo Grande, há quase meio século
Graziela Rezende -

A piscina semiolímpica é como a “menina dos olhos” da Escola Municipal Professor Licurgo de Oliveira Bastos, localizada na Rua Antônio de Moraes Ribeiro, na Vila Nasser, região do grande Coophasul, em . Projetada há 45 anos, na então gestão do prefeito Lúdio Coelho, fazia parte de uma obra que atenderia todo um complexo: alunos, pacientes de um hospital e também frequentadores do centro esportivo da região. Houve mudanças, porém, continuou sendo orgulho de moradores e cenário de muitas histórias.

Ex-aluna e atualmente diretora da escola, Claudeci de Paula Almeida, estava presente na inauguração da piscina, no dia 26 de agosto de 1980. “Eu estudei aqui até terminar a oitava série, depois retornei como supervisora, em 2006. Em 2014, me tornei adjunta e, em 2017, diretora. Já sou eleita duas vezes consecutivas. Aqui é um local muito especial para mim. Minha filha já estudou aqui, duas netas também, então, o fascínio pela escola e as atividades esportivas que têm aqui é muito grande”, afirmou ao Jornal Midiamax.

 (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)
(Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

De acordo com a diretora, a piscina é cenário de muitas histórias. “Lembro da minha filha caçula, a Bárbara, logo que saía do treino de handebol. O professor levava a turma toda para a piscina, no fim de semana inclusive. Era o prêmio após um bom jogo, um prêmio gostoso que todo mundo amava. E aqui tem muitas atividades ao redor. Na década de 80, foi inesquecível, tivemos a “Miss Licurgo” ao redor da piscina. Elas desfilavam e lembro até hoje o nome da ganhadora, ela era da minha sala”, relembrou.

Região abriga única escola do município com piscina semiolímpica

Claudeci ressalta que esta é a única escola do município que tem uma piscina semiolímpica, na capital sul-mato-grossense. “Eu assumi a direção em 2017 e, em 2018, no período de férias, quando chegamos para trabalhar, vi um movimento na parte de cima e, quando fui olhar, tinha uma criança de oito anos e outra de quatro na piscina. Só tinha uma tela e as crianças furavam a tela para entrar, para usar a piscina nas férias. Depois, construímos o muro”, disse.

Em período letivo, a diretora comenta que a piscina é utilizada às segundas, terças, quartas, sexta e sábado. “Temos quatro disponíveis para atender os nossos estudantes, no contraturno, então, tem aula de natação desde os primeiros anos, para as crianças. Existem aulas de natação da fase inicial para a mais avançada e daqui eles saem para competir no Rádio Clube. Temos também um festival na rede, então, são muitas atividades envolvendo a piscina”, explicou Almeida.

‘Temos um guardião da piscina’, conta diretora

Medidas foram necessárias para impedir de alunos irem à piscina fora do horário (Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

A diretora argumenta que a gestão, na década de 80, pensou em vários esportes para atender a comunidade. “Tinha e tem até hoje o atletismo no poliesportivo, as ginásticas, então, realmente é algo pensado para atender toda a comunidade, seja do Coophasul, da Vila Nasser, do Santa Luzia, da Vila Nasser e Vila Marli, entre outros. Aos sábados, inclusive, tem hidroginástica para as mães, é uma aula gratuita e aberta à comunidade. O único problema é que as crianças sabem que aqui tem piscina e tentam pular o muro, por isso o nosso cuidado precisa ser grande. Temos um guardião da piscina”, disse.

Ao longo de 45 anos, Claudeci também se lembra de muitos eventos ocorridos na piscina. “O primeiro grande evento foi o ‘Miss Licurgo’, na década de 80, feito com as estudantes, que desfilavam em volta da piscina, com trajes de banho. Foi uma época muito encantadora da escola. Depois, nos anos 2000, tivemos os festivais com o Deac [Divisão de Esporte, Arte e Cultura]. E aí vem os alunos da rede, muita gente mesmo nos prestigiar e fica fascinado com essa piscina. Nos jogos de handebol e , por exemplo, já fica acordado vir um bombeiro, já que as crianças vão querer fazer uso da piscina”, comentou.

(Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

A superintendente Clarice Cassol disse que a atuação do Deac, pertencente à Secretaria Municipal de Educação, é que oportuniza aulas tanto para os alunos quanto a comunidade.

“Isso tudo foi idealizado em conjunto com o Polisportivo, o antigo , a Emei e o Cras. Com o passar do tempo, a demanda foi destinada à escola e assim a gente consegue organizar e atender melhor os alunos e também a comunidade, já que oferece aulas para as mães, pessoas com mais idade tendo acesso a uma atividade esportiva. E o Licurgo está entre as três escolas com maior número de alunos, então, também exige uma demanda para organizar o período de matrículas”, comentou.

Minha filha chegou em casa falando: ‘Eu sou a miss, eu sou a miss’

Diretora estava presente no ‘Miss Licurgo’, que ocorreu ao redor da piscina, na década de 80 (Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Jose Bueno Lofrano, de 79 anos, dona de casa, é moradora do bairro Coophasul e disse que os três filhos estudaram na escola e usufruíram da piscina. Aliás, ela também é mãe da estudante que foi escolhida como a “Miss Licurgo”, na década de 80.

“Meus filhos fizeram natação lá e também outros esportes. Eu acompanhei tudo. Minha filha foi uma das candidatas e ganhou. Ela chegou em casa muito contente, a gente não esperava, a concorrência era grande. Mas ela ficou em primeiro lugar. Ela chegou falando: ‘Eu sou a miss’. E ficou por muito tempo sendo chamada de ‘Miss’ por todos nós. Até hoje perguntam por ela. Acho muito bom a escola ter estas atividades, é tudo muito gratificante”, finalizou.

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