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Perda da mãe foi um baque e fez Geyse se demitir após 22 anos para ‘ser feliz hoje’

Perda repentina a fez repensar sua vida e se dedicar ao que realmente gosta: embelezar mulheres
Graziela Rezende -
(Geyse Espinosa/Arquivo Pessoal)

 

Foi tanto tempo trabalhando na mesma função e no mesmo local, que Geyse Espinosa, de 43 anos, nem percebeu que mais de duas décadas se passaram. Ela permaneceu ali, fazendo o que não amava realmente, apenas trabalhando para manter suas despesas. A perda da mãe, no entanto, ocorreu pouco antes da e a fez rever toda sua vida, encontrando a nova profissão e entendendo que hoje é o dia para ser feliz.

Geyse se tornou manicure há 12 anos, quando ainda estava no emprego anterior. “Eu comecei a trabalhar como secretária, na paróquia, quando tinha 18 anos. Fiquei 22 anos no mesmo emprego e fazia as unhas de clientes em outros horários. E no meio disso tudo, o que aconteceu com a minha vida? Em 2020, perdi a minha mãe, um pouco antes da pandemia. Nós éramos muito próximas e foi um baque para mim”, afirmou.

Segundo Espinosa, a mãe estava bem em um dia e, no outro, passou mal e logo faleceu. “Foi repentino, algo que eu não esperava. Tive um choque muito grande com isso. E logo depois deste episódio, cerca de um ano depois, eu fiquei doente. Estava com toda aquela carga emocional e fiquei 12 dias internada, tive anemia profunda, quase morri”, relembrou.

Geyse diz que carga emocional a fez ‘parar no hospital’

De acordo com a manicure, nos 12 dias de internação, ela refletiu muito. “Eu estava lá no hospital e ficava pensando que a vida é breve, que eu precisava ser feliz, que estava nesta vida para ser feliz. E, apesar de gostar o meu trabalho, já não encaixava mais. E eu tinha feito um curso, há muito anos, 2013, de manicure tradicional no [Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial], só que só atendia nas horas vagas, indo até a casa das clientes. E com tudo que aconteceu eu pedi para sair do emprego, entendendo que fazer unhas é o que me deixa feliz”, argumentou.

(Geyse Espinosa/Arquivo Pessoal)

Na sua profissão, Geyse diz que tem a possibilidade de fazer o que ama e transformar a vida de mulheres. “Minhas clientes ficam felizes. Elas dizem que é a terapia delas, é o momento delas. E eu sempre tento fazer com que esse momento seja realmente uma experiência individual, pessoal, de escuta e de troca. Elas falam muito que é terapia, porque a gente conversa muito, muito mesmo. A conexão que eu crio com as minhas clientes é uma coisa única, sabe. As que já passaram pela minha mesa, as que continuam e as que ainda passarão podem testemunhar”, opinou.

Geyse diz que, em momento algum, pensou em outra profissão. “Sou formada em filosofia, rádio e TV e estou tentando a faculdade de direito, trancada por enquanto. Só que, de todas as opções, eu quis fazer unhas, sabia que ia dar certo. Eu ia fazer dar certo, não tinha plano B, só tinha plano A. E comecei em agosto de 2022. Fui aprimorando, fazendo alguns cursos aqui em , com grandes nomes da unha que vieram de fora, inclusive”, ressaltou.

Empreendedora recebeu R$ 56 na primeira semana, mas não desistiu

Desde o início, no entanto, Geyse não tinha pensado em trabalhar em um , quando teve a primeira oportunidade. “É engraçado que, na primeira semana que trabalhei, ganhei R$ 56. Fui a semana inteira, era um salão longe da minha casa, gastei gasolina, comida e tempo e ganhei só aquele valor. No entanto, não desisti e as portas foram se abrindo. As clientes foram confiando no meu trabalho e fiquei nove meses neste lugar, até que mudou para outro salão maior”, relembrou.

(Geyse Espinosa/Arquivo Pessoal)

Atualmente, Geyse demonstra, com o seu trabalho, que “fazer unha não é um bico”. “Sempre encarei com uma missão de vida. Hoje sei que é o que Deus reservou para mim. Hoje estou em um salão maior e renomado e o que é melhor: minhas clientes me acompanharam, então, me sinto imensamente feliz e com o trabalho reconhecido. E eu sempre corro atrás, invisto e faço cursos. E a troca com as clientes me deixa imensamente feliz”, disse.

Geyse finaliza dizendo que “nasceu para isso”. “Desde quando eu era adolescente, no ensino médio, lembro que a gente juntava um grupinho de meninas e eu pintava a unha delas com corretivo. Tinha minha caixinha de esmaltes também e minha vida girava em torno disso, então, digo para as pessoas: ‘Se você tem um sonho, se sente que tem no seu coração uma missão, tudo é possível. E a gente nasceu para ser feliz, a gente pode ser feliz”, afirmou.

Por fim, a manicure disse que já conquistou liberdade financeira e está vendo muitos sonhos se realizarem, como a possibilidade de viagens internacionais. “Sei que esta profissão, durante muito tempo, foi vista com desprezo. Só que eu sempre vi a possibilidade de ser bem remunerada e tive várias conexões. Hoje sou sócia de uma imobiliária, graças ao meu trabalho, estou trocando de carro, realizando sonhos e não apenas vivendo de um bico”, finalizou.


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