A estilista Luana Sales, de Campo Grande, foi premiada em segundo lugar no Concurso de Moda Inclusiva, em São Paulo. O desfile aconteceu na última segunda-feira (11), na Pinacoteca, reunindo autoridades e especialistas em moda.
O evento visa estimular a criação de roupas adaptadas para pessoas com deficiência, promovendo uma moda mais funcional e inclusiva. O look vencedor de Luane, intitulado “Cotidiano – O Silêncio das Coisas Anônimas”, combina bordados artesanais, elementos em braile, botões imantados, zíperes com argola e ajustes que facilitam na hora de vestir, além de permitir diferentes formas de uso.
O conjunto feminino é inspirado na poesia de Manoel de Barros. Dessa forma, o design reflete a preocupação da estilista em criar roupas que sejam acessíveis e adaptáveis, sem perder o valor artístico.
“Um concurso como esse representa consolidação, não só da minha carreira, mas também da minha vida. Há um mês, me descobri uma mulher autista, aos 32 anos, e eu já trabalhava com moda inclusiva. Essa notícia do laudo chegou para mim justamente num momento em que percebi que estava no caminho certo e que tudo fazia sentido. Ao descobrir a moda com propósito, encontrei também o meu propósito de vida, e o prêmio é a consolidação disso”, afirmou a estilista.
Concurso traz holofotes para a moda inclusiva
De acordo com o secretário de Estado da SEDPcD, Marcos da Costa, a iniciativa estimula o olhar da sociedade para as necessidades das pessoas com deficiência, em relação ao vestuário.
“O concurso mostra o quanto a moda pode ser uma ferramenta poderosa de inclusão e autonomia. É uma forma de estimular talentos e chamar atenção da indústria e da sociedade para as necessidades das pessoas com deficiência”, destacou.
A edição deste ano contou com grande adesão de estudantes, estilistas e profissionais de diversas regiões do Brasil. Os critérios de seleção incluíram inovação, criatividade, adequação ao tipo de deficiência e capacidade de produção em larga escala. Ao todo, 20 finalistas foram escolhidos para apresentar suas criações no desfile na Pinacoteca.
Os vencedores receberam prêmios em dinheiro, kits de equipamentos de costura e capacitação em moda inclusiva, além da oportunidade de participar do Brasil Eco Fashion Week, um dos principais eventos do setor no país.
O concurso foi realizado com o apoio da Universidade de São Paulo (USP), por meio da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), e de instituições e marcas comprometidas com inovação, sustentabilidade e diversidade, como SEBRAE, SENAI, Instituto Brasil Eco Fashion, Centro Paula Souza, Elgin, Aegis e diversas empresas do setor de costura e moda.
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