MidiaMAIS viu: Auto da Compadecida 2 é programão de férias com ‘puro suco’ da cultura nordestina

Longa estreou 24 anos depois da primeira versão, respeitando a passagem de tempo dos atores e mantendo a beleza da amizade entre Chicó e João Grilo

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(Divulgação)

O programão de férias tem nome e destino: Auto da Compadecida 2, em cartaz nos cinemas de todo o Brasil. A estreia ocorreu 24 anos depois da primeira versão, respeitando a passagem de tempo dos atores e mantendo a beleza da amizade entre Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele), além de trilhas sonoras que emocionam e as confusões da dupla no sertão nordestino.

Dirigido por Guel Arraes e Flávia Lacerda, o longa é um clássico baseado no universo de Ariano Suassuna, o qual se passa em Taperoá (PB). No início, temos uma câmera-drone fazendo um plano-sequência, até a cidade onde ocorre um acúmulo de narrativas, desta vez colocando João Grilo como uma espécie de santo e no epicentro de uma disputa política.

Sempre envolvido em tramoias, Grilo descobre que o coronel tem o domínio da cidade, vendendo água para a prefeitura, de um poço que ele mesmo tomou conta. Envolvendo o amigo, tenta achar o líquido e são descobertos pelo coronel, só que conseguem ‘dar um jeito’ e logo retornam para a cidade, onde verificam que o radialista Arlindo mantém o monopólio da comunicação e João Grilo se oferece para ser um novo apresentador.

Ao descobrir que ambos são candidatos de Taperoá, traça planos para “ganhar dos dois lados” e, enquanto isto, somos presenteados com pérolas, do tipo: “Já que a morte é certa, tem que acertar na vida também, pra dar empate”.

Neste enredo, João Grilo ganha estátua na cidade, é amado e odiado pelo povo e o filme vai mostrando o “puro suco” da cultura nordestina, com o coronel, cangaceiros, povo religioso, poesia, entre outros.

A fauna também é exibida, como as seriemas, canário real, barbudinho. O filme também ganha novos personagens, como o bispo, mais um malandro criativo, além de Taís Araújo como Nossa Senhora e ressalta ainda o poder transformador da fé para o povo nordestino.

Sem spoilers, só uma baita dica: uma hora e quarenta e quatro minutos, em que você prestigia a produção nacional e se diverte bastante, só vai!!! Depois, só cuida para não sair falando por aí…’Não sei, só sei que foi assim…’

Confira aqui o trailer de Auto da Compadecida 2:

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