Mergulhada, na maior parte do tempo, na rotina acadêmica, a estudante de farmácia Ketlin Diniz, 24 anos, sempre teve perfil de garota dedicada aos estudos. O laboratório da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) é o seu lugar favorito, onde está sempre compenetrada às pesquisas em sua área.
Contudo, recentemente, a universitária tomou a decisão de sair de sua zona de conforto e alçar novos voos, participando de um concurso de Miss. A competição, entretanto, não é somente um concurso de beleza. O Miss Eco Brasil, ao qual concorrerá, tem como propósito destacar e promover a sustentabilidade. A vontade de Ketlin em participar como candidata surgiu, justamente, devido ao viés ecológico do concurso.
“Nunca tive esse hábito de participar de concursos de beleza, esse é o meu primeiro. A vontade surgiu porque o Miss Eco não é só sobre estética, mas também sobre propósito, representatividade e sustentabilidade. Isso me fez sentir que eu poderia contribuir de uma forma diferente, levando também minha vivência científica para o concurso”, afirma.
A estudante é, atualmente, embaixadora do Pantanal sul-mato-grossense, carregando o título de Miss Eco Pantanal 2025. Segundo ela, ser porta-voz de um dos biomas mais complexos do mundo é uma imensa honra.
“Pantanal é um dos biomas mais ricos e belos do mundo, mas também um dos mais ameaçados. Representá-lo é levar a voz dessa região para o Brasil todo, mostrar sua importância e reforçar a necessidade de preservá-lo. É um orgulho que vem junto com uma grande responsabilidade”, explica.
Miss estuda potencial da guavira
Como aluna do curso de Farmácia, Ketlin sempre se interessou por plantas medicinais do Cerrado e do Pantanal. Um deles, é a guavira, que é símbolo de Mato Grosso do Sul e tem grande potencial medicinal e nutricional.
Ao longo de sua carreira acadêmica, a estudante já desenvolveu pesquisas científicas sobre o fruto, avaliando suas propriedades antioxidantes e possíveis usos terapêuticos. Assim, pretende levar esses conhecimentos adquiridos ao concurso. “É uma forma de unir ciência, cultura regional e sustentabilidade”, afirma.
Aliás, o que motiva Ketlin a participar do concurso é a oportunidade de transmitir conhecimentos científicos, que podem ser aplicados no uso e preservação da flora pantaneira.
“Acredito que a beleza sozinha não transforma. Quando está associada a causas importantes, como a preservação ambiental, ela ganha um poder muito maior. O Miss Eco traz essa responsabilidade de sermos porta-vozes da sustentabilidade, algo essencial para o futuro, e isso torna a missão ainda mais inspiradora”, diz.

Familiares e amigos ficam na torcida
Ketlin conta com torcida grande na sua participação no concurso, que acontecerá no final de outubro. Entre seus maiores apoiadores, estão familiares e amigos. Mas, a campo-grandense tem também o apoio do Conselho Regional de Farmácia, da Comissão de Mães Atípicas, do Instituto Arara Azul, SOS Pantanal, além de professores da UFMS.
“Ter esse conjunto de forças me apoiando me dá ainda mais motivação para representar o Pantanal com orgulho e responsabilidade. Estão todos muito animados para acompanhar essa jornada e torcer por mim”, conta.
Dessa forma, a Miss Eco Pantanal já se prepara para a competição nacional. “As expectativas são as melhores possíveis! Estou me preparando de várias formas: com treinos físicos, aulas de oratória, passarela. Quero chegar no nacional pronta para dar o meu melhor”, conta.
A etapa nacional acontece entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, em Taquari, Rio Grande do Sul. A vencedora do Miss Eco Brasil terá a oportunidade de competir no Miss Eco Internacional, que ocorrerá no Egito.
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