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Jucli pensou até em vender o carro, mas empréstimo foi solução para conhecer o Papa

Jucli é descendente de italianos e também tinha o sonho de encontrar parentes. Após viagens, escreveu até um livro
Graziela Rezende -
(Jucli Teresinha/Arquivo Pessoal)

Ainda faltam três parcelas, mas, se tem uma coisa que Jucli Teresinha Stefanello Peruzo, de 67 anos, não se arrepende, é de fazer um empréstimo consignado para conhecer o Francisco. Descendente de italianos, mantinha também o sonho de conhecer a , portando, realizaria todos os desejos de uma só vez. E o melhor: ao lado da família, tendo contato com os antepassados, conhecendo novos lugares e chegando pertinho de sua Santidade, alguém que sempre admirou e pode conhecer pessoalmente.

Sendo assim, Jucli mantinha o sonho desde sempre, conseguindo realizar, pela primeira vez, no ano de 2019. “Sou descendente de italianos. Pela parte de minha mãe, é meu bisavô e, na parte do meu pai, o trisavô, então, sou da família Discovi e Stefanello, todos da região norte da Itália. Os Stefanello vieram mais de Veneza e os outros de Vicenza, então, desde sempre, o meu sonho de conhecer a Itália era muito grande”, afirmou.

Enquanto professora, Jucli achava algo impossível, mas, com o tempo e a aposentadoria, conseguiu se organizar. “Fui em 2019 pela primeira vez, em busca de informações da minha família, deste contato com os antepassados. Eu já sabia muitas coisas, mas, queria ter este contato na Itália. Da primeira vez, estava inexperiente, sem tanto planejamento, então, não consegui contato com nenhum parente. No entanto, realizei o sonho de conhecer o papa Francisco e o Vaticano”, relembrou.

Ao chegar perto do papa, Jucli orou para retornar ao lado das filhas

(Jucli Teresinha/Arquivo Pessoal)

Na ocasião, Jucli comenta que estava ao lado do marido e um casal de amigos. “Ficamos hospedados bem pertinho do Vaticano, para visitarmos a pé. Fomos até a Praça São Pedro, as basílicas, todo o centro histórico de Roma.E aí marcamos certinho para que, no dia da audiência geral, que o papa Francisco percorre em meio aos fiéis, no papamóvel, estivéssemos lá. Na época, vi ele abençoando crianças, tinha bastante saúde para isto, então, foi uma benção e, ali mesmo, pedi a Deus para retornar ao local com minhas filhas”, disse.

Conforme Jucli, a energia do local é tão vibrante que ela queria retornar com toda a família, mas, se não fosse possível, queria ao menos estar ao lado das filhas. “Tenho duas filhas e quatro netos. E aí eu voltei para o com esta meta, de conseguir voltar. Fui fortalecendo, convencendo os genros, já que as filhas são casadas, falando da ideia de conhecer o papa Franscisco, o mais progressista e abençoado, que eu tive vontade de conhecer, além de saber mais sobre os nossos antepassados”, ressaltou.

Momento em que Jucli e a família presenciaram o papa Francisco passando pelo papamóvel (Jucli Teresinha/Arquivo Pessoal)

No decorrer dos dias, Jucli fala que a vontade de estar perto do papa, novamente, só foi aumentando. “Toda a postura dele, o jeito dele. E aí, em 2023, conseguimos ir novamente, agora com as minhas filhas. Obviamente que eu tive que fazer um esforço danado, empréstimo consignado e tudo mais. Fizemos listinha de roupas, com a intenção de levar o mínimo possível e aí usamos coletivo, fizemos de trem, então, fomos de Veneza para o sul da Itália, em uma viagem bem econômica”, contou.

Na época, Jucli diz que a família ficou hospedada em um apartamento, tudo para economizar e realizar sonhos. “A gente madrugava todo dia e ia a pé, porque era a dez minutos do Vaticano, mas, o esperado mesmo era o dia da audiência geral com o Papa, na quarta-feira. E isso ocorreu no dia 29 de setembro, que fomos ao encontro dele. Foi muito bom, chegamos como uma das primeiras da fila e pegamos um lugar bem pertinho, dava para tocar na mão do papa, se pudesse. E ali encontramos gente de diversos países, falavam várias línguas. Tinha idoso, autoridades, gente de todo tipo”, argumentou.

Ao abrir o portão, a correria gostosa: ‘Ficamos pertinho dele’

(Jucli Teresinha/Arquivo Pessoal)

Ao abrir o portão, aquela correria gostosa. “Eu e minhas filhas nos dividimos, ficamos cada uma em uma fila, com a intenção de pegar a beiradinha do alambrado e ficar bem perto mesmo do papa. E conseguimos, graças a Deus. É engraçado que a gente se encheu de lembrancinha, de tercinhos, compramos lá mesmo e foi tudo abençoado pelo papa. Trouxe para todo mundo. Sou nascida e criada na Igreja Católica, então, tenho muita fé na religião, na postura que o Papa Francisco teve, então, foi uma benção voltar lá e levar minhas filhas. Elas sempre agradecem muito o fato de terem o conhecido péssoalmente”, afirmou.

Estes e outros detalhes, Jucli conta em seu livro ‘Herança de Força’, o qual começou a escrever em 2022, após a pandemia. “Sempre fui muito curiosa e, como minha mãe nos criou dando muita importância para família, então, sempre tive o interesse muito aguçado. E minha mãe tem uma história muito bonita, muito interessante, então, talvez por isso ela teve o capricho de nos repassar tudo. Ela faleceu há 27 anos, porém, me lembro muito bem das histórias dela. E também a família do meu pai, os Stefanello”, comentou.

Sendo assim, na segunda viagem, Jucli teve contato com parentes do norte da Itália. “Fizemos uma visita e agora nos comunicamos nas redes sociais. Lá eu visitei Vicenza também, onde o meu bisavô, filho de uma mãe solteira, o deixou para adoção. E lá tem a roda dos rejeitados, ao lado do convento, hoje desativado, das Irmãs Carmelitas. É uma história muito antiga, ficava fora da cidade, para o pessoal não ver as mães solteiras deixando as crianças. Depois fui para o sul da Itália e Roma”, disse.

Jucli também argumenta que outras histórias de superação estão em seu livro. “Não sou escritora, não tenho esse dom, tive que pedir ajuda para escrever o livro, mas, tenho muito orgulho dele, porque é uma história verdadeira, de luta e muita superação”, finalizou.

Quem quiser adquirir o livro pode adquirir neste link.

Confira aqui o momento em que Jucli e as filhas encontraram com o papa Francisco:

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