Indígena ensina receita de bronzeador que deixa ‘pele dourada’ e vira sucesso em clube de Campo Grande
Receitinha caseira é sucesso entre a mulherada, que quer ter “a cor do verão”. Especialistas comentam se atitude é correta ou não
Graziela Rezende –
Neste período que as praias estão “iguais a formigueiros” a intenção é sempre a mesma: curtir o mar, descansar da rotina e, é claro, retornar para casa com aquele bronze. Mas, ao mesmo tempo, ninguém quer exagerar no sol e ficar toda ardida, por exemplo. E quem não pode ir para o litoral, também dá os seus pulos e caça uma piscininha, ainda mais com as altas temperaturas, garantindo a “pele dourada” que é sucesso entre a mulherada.
Só que obter a cor do verão não é tão simples assim. É só usar o bronzeador e pronto? E quanto tempo de sol? Estas perguntinhas não são tão simples de responder e o ideal, claro, é buscar um dermatologista para entender mais sobre a sua pele. Em Campo Grande, no entanto, uma “receitinha caseira” é sucesso em um clube da cidade e o MidiaMAIS foi buscar mais detalhes.
A aposentada Maria Coelho, de 74 anos, é quem começou a levar o produto no clube e, desde então, ela e as amigas estão sempre com o que chamam de “pele dourada”. “Faz um tempo que não vou para praia, mas, onde vou as pessoas chegam e perguntam: ‘Nossa, que cor bonita, em que praia estava? Onde pegou esse bronze? E daí eu explico que a minha praia é o Rádio Clube de Campo Grande. Lá mesmo, na beira da piscina, que eu pego esse bronze”, iniciou.
Indígena ensinou receita da ‘pele dourada’
Antes, Maria diz que usava somente protetor solar e bronzeador, até que foi em uma feira e decidiu comprar urucum para experimentar. “Eu sempre ia lá comprar e uma indígena passou a separar para mim, ele coava e deixava os pacotinhos certinhos, até que um dia me perguntou: ‘Você quer ficar com a pele mais escura ou dourada?’ E ela me falou sobre o urucum, sobre a receita milenar dos indígenas e como usam”, comentou.
Segundo a aposentada, a receita é misturar o urucum com óleo de coco e deixar lá por “curtindo” por cerca de dois meses. Em seguida, ela disse que mistura creme hidratante e um pouco de bronzeador. “Aí eu comecei a usar o produto aqui no clube, a passar nas amigas, até que todo mundo começou a falar que passa para ‘ficar com a cor da Maria’. Eu acho engraçado, virou a ‘cor da Maria’. É uma maravilha, todo mundo gosta e tem quem faça a encomenda também”, comentou.
A funcionária pública Rosane Alves Oliveira, de 64 anos, está sempre com a pele bronzeada, a “cor da Maria”, como ela brinca. “Ela sempre usou e depois me deu de presente para usar, porque eu não uso bronzeador, eu uso protetor. E daí ela passou em mim primeiro e eu fiquei apaixonada, porque ele deixa um dourado e não uma cor opaca. E nós temos uma outra amiga, a Maria, que vive na praia. Quando ela volta, tem uma cor escura, opaca, e não dourada. É diferente, então, a gente sabe que é bom, é uma mistura natural, uma receita que ela aprendeu. Eu adoro e acho que não faz mal nenhum, tanto que as próprias indígenas usam e eu sou bem enjoada. Meu protetor tá o tempo todo ali, por perto”, comentou.
A professora Rosemeire Farias, de 54 anos, também falou sobre o bronzeador caseiro. “Eu acho maravilhoso e uso há muito tempo, há mais de 5 anos. Eu uso todo o verão, ela traz o bronzeador pra gente e as amigas ficam douradas. A minha cor é uma cor melhor que a cor de praia e é por causa deste bronzeador”, disse.
A também funcionária pública, Rejane Benetti Gomes, de 51 anos, ressaltou que sempre foi “branquela” e, pela primeira vez, obteve o tom de pele que sempre quis. “Tem uns dois anos que eu uso. Eu sempre via a filha da Maria, na academia, e queria aquele dourado bonito. E foi aí que eu conheci o protetor, que segura mesmo, então, passei a usar ele e o protetor. E, desde então, não consigo mais usar outro, acho incrível a cor da pele como fica”, finalizou.
O que dizem os especialistas?
Sol de rachar e praia, aparentemente, parecem a combinação perfeita para quem deseja pegar uma corzinha. No entanto, especialistas dizem que produtos como óleo de coco, azeite de oliva e óleo de urucum, passados diretamente na pele, na verdade, aumentam ao sol. Desta forma, a pessoa pode ficar queimada e com cicatrizes.
Na verdade, ainda conforme especialistas, o ideal é usar substâncias que contém urucum aliado ao uso de protetor solar.
No caso da alimentação, cenoura, mamão, abóbora, laranja, tomate, rúcula e água de coco são indicados para aumentar o bronzeado. Além disso, já existe a opção de filtro solar oral e betacaroteno, que deve ser consumido cerca de 15 dias antes e protegem da ação solar maligna e ativando o bronzeado.
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