Paçoqueiros que vendem doces em Três Lagoas (MS), no ponto onde ambulante foi filmado coçando a região íntima e comercializando paçocas com a mesma mão, estão sofrendo as consequências da atitude do colega “porcalhão”.
Depois que o vídeo no qual o vendedor aparece dando “aquela ajeitadinha” em seu membro reprodutor viralizou, ninguém mais quis comprar paçoca no cruzamento, e os ambulantes Jerson e José já chegaram a ser confundidos com o sujeito da gravação.
“A gente usa exatamente aquele semáforo que o rapaz estava e sofremos muito com a atitude dele. As vendas caíram drasticamente, apesar de termos muito cuidado com a higiene e com a nossa imagem. Esse projeto nosso é uma ideia de longo prazo para a criação de uma empresa e jamais colocaríamos isso em risco, falhando em algo tão básico como a higiene”, lamenta Jerson, em conversa com o Jornal Midiamax.
Há quatro meses naquele sinal, os sócios precisaram do “aval” do vendedor (agora famoso pela “coçadinha”) para trabalharem ali. “Nós já fomos ameaçados por aquele homem. De acordo com ele, as ruas são lugar de malandros trabalharem, e não de ‘playboys bem-vestidos como nós’. Só conseguimos nos entender com ele depois de alguns embates”, revela o empreendedor de 31 anos.
Ambulante que viralizou ‘coçando’ e vendendo paçocas não foi mais visto no ponto
Para Jerson, a “coçada” do colega só mancha a reputação de quem tenta ganhar a vida de forma honesta como ambulante. “Achamos extremamente terrível e lamentável essa atitude. Isso prejudica, como eu disse, muito mais do que só ele”, comenta.
“A gente se veste totalmente diferente, a nossa abordagem não é apelativa, é mais educada, mas mesmo assim teve gente que acabou associando, infelizmente, talvez por não prestar atenção nas diferenças”, lastima o rapaz.
Conforme o paçoqueiro, desde que o vídeo viralizou, o vendedor anti-higiênico nunca mais foi visto no ponto. “Ele anda pelo centro todo da cidade, então é um pouco difícil de saber onde ele está ou se aparece lá quando não estamos. Mas, a princípio, não o vimos por ali nos últimos dias”, relata.
Paçoqueiros de rua têm um sonho
Sobrevivendo da venda das paçocas e dos brigadeiros há quatro meses, Jerson e José têm o sonho de se tornar grandes empresários. Com simpatia e carisma, comercializam os doces de amendoim nas ruas e publicam um pouco da rotina de trabalho nas redes sociais, onde já estão ficando famosos.
“Nós começamos com alguns poucos potinhos de paçoca e ampliamos rapidamente, reinvestindo no negócio. Chegamos a comprar paçocas em caixas (já pedimos 32), ao invés de potes, e aumentamos bastante o volume, aí usamos parte do dinheiro ganho para investir em matéria-prima e preparação para fazermos brigadeiros e vendermos nas ruas também”, detalha Jerson.
Segundo ele, a venda na rua é um projeto de longo prazo, no qual a dupla está colocando toda a energia. “A ideia é usarmos o nosso conhecimento de empreendedorismo e gestão para mostrar que qualquer pessoa consegue construir uma empresa do zero com força de vontade e gestão estratégica, e nós mostramos esse processo nas redes sociais para incentivar as pessoas”, finaliza.
Confira a página Paçoquinha do Sucesso para acompanhar a rotina dos paçoqueiros de Três Lagoas:
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(Revisão: Dáfini Lisboa)