Feijoada organizada para custear o tratamento de câncer de dona Fátima, moradora da Vila Popular, em Campo Grande (MS), foi um sucesso neste sábado (8). A ação virou notícia nesta sexta-feira (7) porque quase ninguém havia comprado marmitas, mas, após a história por trás do evento vir à tona, a população da Capital se uniu e fez a feijoada bombar.
Aliás, a luta da família para bancar o tratamento do sarcoma na coxa esquerda enfrentado por Fátima ultrapassou as fronteiras de Campo Grande e muita gente de fora da Capital sul-mato-grossense entrou em contato querendo contribuir.
Além da feijoada, os familiares também estão rifando um Kit Churrasco e a venda dos números aumentou exponencialmente após a divulgação da batalha da aposentada na superação do câncer e tudo que seus filhos têm feito para arcar com as despesas.
“Vendemos mais que a meta, que eram 100 unidades, a rifa está vendendo bem e minha mãe está recebendo muitas doações e ligações com palavras de carinho. Ela está muito feliz”, conta a filha, Rita Machado, ao Jornal Midiamax.
Segundo Rita, que está desempregada, ao todo, a ação conseguiu vender 130 feijoadas por R$ 25,00 cada neste sábado (8). “Foi uma correria, muitas pessoas ligaram pedindo, mas não tinha mais. No dia 8 de março vamos fazer novamente”, avisa.
A luta de Fátima contra o câncer e as ações da família para pagar o tratamento
O plano inicial era vender marmitas com o prato no sábado (8) e no domingo (9), mas a baixa procura fez o segundo dia ser cancelado. Sem conseguir atingir a meta, a filha procurou o Jornal Midiamax e pediu ajuda para contar a história da mãe, que atingiu em cheio os corações dos leitores.
Fátima enfrenta um sarcoma sinovial, tipo raro de câncer na coxa esquerda, já fez cirurgia e agora está na fase da quimioterapia.
“Ela é aposentada, recebe um salário mínimo e não consegue custear o tratamento, medicação, idas para o Hospital do Câncer e alimentação… a feijoada é para conseguirmos pagar as despesas do mês passado“, detalha Rita.
De acordo com a filha, o sarcoma foi diagnosticado há 8 anos e agora voltou mais agressivo. “Ela faz curativo três vezes por semana no Hospital do Câncer e uma vez por semana a quimioterapia. Sente cansaço e dor no corpo, tem dias que vomita muito e não consegue comer direito”, lamenta.
Desempregada e mãe solo, Rita mal tem conseguido arcar com as próprias despesas e, por isso, organizou a feijoada e a rifa. Agora, a família também venderá pastéis todas as sextas-feiras com o mesmo objetivo.
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