O projeto “Campão Grafitti” realizará oficina em escolas que atendem alunos das aldeias indígenas Água Bonita e Darcy Ribeiro, na quinta (6) e sexta-feira (7). Já no domingo (9), será realizada a ação cultural na ONG Núcleo Humanitário da Vila Nhanhá. A intenção é levar cor e expressão artística para este bairro, além do Noroeste e Anache.
Na ocasião, artistas locais e nacionais estarão reunidos em um grande encontro de criatividade e intercâmbio cultural. Idealizado pelo artista San Martinez, o projeto Campão Grafitti visa integrar a comunidade às artes urbanas, proporcionando um espaço de troca e aprendizado para todos os envolvidos.
Outro ponto importante do projeto é que ele vai contribuir com a revitalização da ONG com o colorido das artes e a qualidade da matéria-prima empregada. “O Graffiti é mais do que arte, é educação e transformação. Ele conecta culturas, expande o pensamento e cria novas formas de ver e viver o mundo”, afirma San.
A iniciativa conta com a participação especial do grafiteiro amazonense André Hulk, que conduz oficinas na quinta (6) e na sexta (7). As aulas serão promovidas para alunos das escolas municipais Ione Catarina Gianoti Igydio (Noroeste) e Prof João Cândido de Souza, que ficam próximas às aldeias urbanas Darcy Ribeiro e Água Bonita, respectivamente. Aqui, o foco é a conexão entre o graffiti urbano e o grafismo ancestral.
“É a minha segunda vez em Campo Grande. Já tive a oportunidade de estar em outro momento e foi uma experiência incrível. Agora, retorno com grandes expectativas de viver mais uma troca enriquecedora, fortalecer meu trabalho e mergulhar ainda mais na cultura do Mato Grosso do Sul”, diz o artista convidado.
“Trazer os estudantes para essa vivência é essencial para despertar a criatividade e valorizar talentos. A união entre tradição e contemporaneidade cria narrativas visuais únicas, reafirmando nossas origens e reconstruindo nossos caminhos”, completa San.
Além de San e André, o projeto conta com a participação ativa de mais seis artistas, sul-mato-grossenses, selecionados em chamamento público, são eles: Thalya Ariadna Veron (Thapz), Gislene Brandão (La Bruxa/Dourados), Karoline de Souza (Krol), Carlos Henrique Higa (Pune), Felipe Martins (Mago do Pântano) e Denis Vitor de Souza (Lessarteiro/Três Lagoas).
Programação para o Dia do Graffiti:

Apresentações musicais com os MCs Pretisa (Dourados) e Sb Gui (Campo Grande);
Performances de B-boys, B-girls e DJs, trazendo a energia do Hip Hop para o evento;
Atividades infantis, como pula-pula, distribuição de doces e pipoca;
Sorteios de brindes para grafiteiros e o público presente;
Live painting com audiodescrição para tornar o evento mais inclusivo.
Grafiteiras e pintoras comemoram Dia da Mulher:
O projeto também vai celebrar o Dia Internacional da Mulher. Em alusão à data, todas as grafiteiras e pintoras participantes receberão um kit especial e também haverá um sorteio de roupas.
O evento ainda receberá artistas do Paraguai, como Ares Pillas (Luque-PY) e ArteurbanaPY (Pedro Juan Caballero-PY), além de criadores de outros estados brasileiros, incluindo o Rio de Janeiro.
Para André Hulk, um dos destaques do evento, participar do projeto é uma oportunidade única de troca e crescimento. “Esse evento conecta artistas locais e nacionais, fortalecendo a cena e ampliando horizontes. O graffiti é ancestralidade, história e expressão. Compartilhar essa experiência com outras pessoas é muito gratificante.”
Os artistas selecionados recebem um cachê de R$ 400, um kit de pintura, alimentação no dia do evento e brindes especiais. “Toda a programação é gratuita e acessível, reforçando o compromisso do projeto com a inclusão e a democratização da cultura”, pontua San.