A morte do Papa Francisco, noticiada nesta segunda-feira (21), trouxe à tona a antiga profecia de São Malaquias, bispo irlandês do século XII. A chamada “Profecia dos Papas” data de 1595, quando foi publicada pelo monge beneditino Arnold Wion.
Contudo, a visão de São Malaquias teria sido escrita por volta de 1139, e lista 112 papas que assumiriam o posto máximo da Igreja Católica até o fim dos tempos. Assim, de acordo com a contagem, que se inicia com o Papa Celestino II, o penúltimo pontífice seria Francisco.
A profecia, então, indica que o Papa eleito no próximo conclave seria o último a guiar a humanidade. Este, denominado Petrus Romanus, traduzido do latim: ‘Pedro, o Romano’, governaria em períodos turbulentos, até o Juízo Final.
“Na derradeira perseguição da Santa Igreja Romana, reinará Pedro, o Romano, que apascentará suas ovelhas entre muitas tribulações; e, terminadas estas, a cidade das sete colinas será destruída, e o tremendo Juiz julgara seu povo. Fim”, diz a profecia.
Profecia dos Papas foi contestada
Apesar do tom apocalítico assustar até os mais céticos, as previsões já foram contestadas por muitos historiadores. Isso porque se acredita que as profecias foram forjadas, com o intuito de influenciar o segundo conclave do ano anterior à sua publicação, ou seja, 1590.
Assim, a lista teria sido publicada para sugerir ser da vontade divida as escolhas dos eleitos. A Igreja Católica, aliás, nunca reconheceu a veracidade da profecia, sendo apenas uma especulação e ficando no campo das teorias.
O próximo conclave deve acontecer entre 15 e 20 dias após a morte de Papa Francisco. Na ocasião, os cardeais aptos para a votação, ou seja, que têm menos de 80 anos, ficam isolados na Capela Sistina, em função da decisão secreta.
A fumaça preta no local sinaliza que ainda não houve decisão sobre o novo pontífice, já a branca anuncia que uma decisão foi tomada. Assim, o novo Papa é apresentado ao mundo com a tradicional frase “Habemus Papa”. O novo eleito, então, concede a primeira benção na sacada da basílica São Pedro.
Cardeais brasileiros aptos a votar e ser votados
Atualmente, o Colégio Cardinalício conta com 252 membros. Destes, 135 possuem menos de 80 anos e, portanto, são cardeais eleitores. Ao todo, na Europa existem 66 cardeais aptos; 24 na Ásia, 18 na África; 17 na América do Sul; e 16 na América do Norte.
Alguns cardeais brasileiros estão aptos a participarem do Conclave. Dessa forma, não apenas podem votar, como também serem votados na escolha do novo Papa. São eles:
1. Dom Sérgio da Rocha
- Idade: 64 anos
- Arcebispo de Salvador (BA)
- Um dos nomes mais influentes no episcopado brasileiro, já presidiu a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
2. Dom Odilo Pedro Scherer
- Idade: 75 anos
- Arcebispo de São Paulo (SP)
- Um dos cardeais mais experientes e respeitados do Brasil. Já participou do conclave de 2013 (que elegeu Francisco).
3. Dom Leonardo Steiner
- Idade: 73 anos
- Arcebispo de Manaus (AM)
- Primeiro cardeal da região amazônica. Foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco.
4. Dom Orani João Tempesta
- Idade: 74 anos
- Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
- Presença frequente nos eventos internacionais da Igreja, articulado com o Vaticano.
5. Dom Paulo Cezar Costa
- Idade: 57 anos
- Arcebispo de Brasília (DF)
- Um dos mais jovens cardeais brasileiros. Ligado à área acadêmica e teológica, foi nomeado cardeal em 2022.
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