Neste domingo (17), O Parque Sóter será palco dos 18º Jogos Indígenas Urbanos de Campo Grande. O evento reúne mais de 3 mil pessoas no local, entre elas 800 atletas inscritos nas diversas modalidades. Durante o dia, haverá disputas de esportes típicos da cultura indígena, como Arco e Flecha, Lança e Cabo de Guerra.
A abertura do evento aconteceu às 9h, com presença da vice-prefeita, Camilla Nascimento, e do secretário Darci Caldas, além de lideranças indígenas. Além disso, a banda da GCM (Guarda Civil Metropolitana) se apresentou na cerimônia, que contou com desfile dos atletas, representando suas respectivas comunidades.
Os Jogos Indígenas são realizados por meio da Funesp (Fundação Municipal de Esportes) e da SDHU (Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos). De acordo com o diretor de desenvolvimento de esporte e lazer da Funesp, Rafael Presotto, o evento é uma forma de encontro entre as comunidades indígenas e campo-grandenses.
“É um dia de festa, um dia que as comunidades são convidadas a vir para o Parque do Soter, juntamente com a comunidade campo-grandense para prestigiar o evento, e são realizadas várias modalidades. Nós temos o futebol, o futsal, o arco e flecha, o lançamento de dardo, por exemplo”, afirma.

Para o Cacique Bernardino, da Aldeia Terena Jardim Aeroporto, os jogos são uma oportunidade para as comunidades poderem interagir entre si.
“Hoje é o dia oportuno para se encontrar com o pessoal. Tem muita gente que só se encontra uma vez por ano aqui, dos parentes, porque a aldeia urbana não fica perto uma da outra, fica esparramada na cidade”, explica.

Jogos fortalecem comunidades indígenas de Campo Grande
O Cacique Josias, da Aldeia Indígena Marçal de Souza, reforça que o evento é uma forma de garantir representatividade, além de fortalecer a cultura indígena em Campo Grande. Segundo ele, é importante que as comunidades ocupem espaço na sociedade.
“Hoje nós somos 24 comunidades, nas 7 regiões de Campo Grande, quase 19 mil indígenas. O evento é importante para o fortalecimento do esporte, da cultura, além da valorização. A gente está ocupando os espaços também”, ressalta.

Além disso, o Cacique afirma que a participação dos jovens das comunidades indígenas é importante para a preservação dos esportes tradicionais. “A importância de ter esses jogos aqui é para isso, para mostrar a essa nova geração a importância das modalidades tradicionais”, diz.
As modalidades no evento são: arco e flecha (masculino), lança (masculino), atletismo/corrida (masculino e feminino), cabo de guerra (masculino e feminino), futebol society (masculino) e futsal (feminino).
Aniele Arevalos, 21 anos, da Aldeia Indígena Água Bonita, vai competir na modalidade de futsal feminino. Esse é o segundo ano consecutivo que a atleta participa do evento. Mas o futebol está em sua vida desde os quatro anos de idade.
“É muito importante o campeonato, porque ele traz bastante estrutura tanto para as crianças, como para nós, jovens. E a gente vem trazendo essa cultura desde o passado, então é muito importante a gente participar para mostrar nossa etnia para o mundo inteiro”, afirma.

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