Caloroso, esse foi o termo que o público de Campo Grande recebeu pelas atrizes da peça “Três Mulheres Altas”. O clássico, que estreou na capital na última sexta-feira (3), lotou o teatro Glauce Rocha. O espetáculo continua em cartaz até o próximo domingo (5).
Em uma coletiva de impressa, realizada neste sábado (4), as atrizes Ana Rosa, Helena Ranaldi e Fernanda Nobre não pouparam elogios a plateia da capital. A atriz Fernanda Nobre, que interpreta a personagem mais jovem da peça, ressaltou que é a partir do temperamento do público que se conhece um pouco da cidade. “É diferente de uma cidade para outra, e o público daqui [Campo Grande] é muito caloroso, simpático, aberto e disponível. Foi linda a apresentação”, declarou.
O relato da atriz teve aceno positivo de Ana Rosa e Helena Ranaldi, que relataram que o retorno da plateia, influencia na atuação. “Eles respondiam em momentos que em nenhum outro lugar respondeu. Eles vão com o
coração aberto, é emocionante. Para o ator, acho que o melhor pagamento para a gente estar no palco é essa interação”, declarou a atriz Ana Rosa, que entrou para o Guinness Book em 2007, por ser recordista em número de atuações em telenovelas.
Memórias

As três atrizes já trabalharam juntas, há 34 anos, e relembraram a emoção de estarem novamente no mesmo palco. Helena Ranaladi relata que a troca de experiência entre as três é enriquecedora, e faz o trabalho ser algo mais leve. Para Ana Rosa, além de um roteiro bem estruturado, a “coxia” faz toda diferença para atuar nos palcos.
“O que é uma boa coxia? Onde a gente se está bem com os colegas. Às vezes tem gente que é excelente profissional, mas às vezes a falta de empatia, atrapalha. O que não está acontecendo agora, felizmente, isso é muito importante para o sucesso do espetáculo, porque essa boa coxia é que o público também sente quando a gente está no palco”, isso é muito importante”, declarou Ana Rosa.
Longevas na profissão, as três afirmaram que o mercado de trabalho mudou com o passar dos anos, e que o cenário de atuações femininas tende a crescer mais ainda. Para Fernanda Nobre, que iniciou a carreira aos oito anos, o espaço do teatro tem muito a oportunizar as mulheres.
“ É claro que, de modo geral, nossa sociedade valoriza a juventude. Tanto que a gente está cada vez mais presa às questões estéticas, tentando fugir do envelhecimento. Mas, cabe uma ou outra mulher entrar nisso ou não, se controlar nisso ou não. É um mercado que é um funil, são muito poucas produções para a quantidade de artistas no Brasil. Então é um mercado difícil tanto para o jovem quanto para o velho. Mas é uma profissão que realmente dá para envelhecer”, concluiu Fernanda.
Três Mulheres Altas
O clássico Três Mulheres Altas foi escrita por Edward Albee ainda na década de 90, e retrata sobre a passagem do tempo, a partir de três gerações. A obra é uma comédia mordaz, que retrata sobre a juventude, maturidade e velhice, com a visão de três personagens, A, B e C, interpretadas pelas atrizes Fernanda Nobre, Helena Ranaladi e Ana Rosa.
O espetáculo convida o público a refletir sobre memórias, desejos, perdas e marcas do envelhecimento. Esta é a quarta vez que a obra está em cartaz, em uma turnê nacional. Até o momento já passaram por 13 cidades brasileiras, e assistido por mais de 70 mil pessoas.
A montagem já recebeu indicações em grandes prêmios, como Cesganrio, Bibi Ferreira e Cenym, e se consolidou um dos maiores sucessos do tetro contemporâneo brasileiro.
As sessões em Campo Grande se iniciou na sexta-feira e deve continuar até próximo domingo. Para comprar ingressos, basta clicar aqui.
- Sábado – Teatro Glauce Rocha – 20h
- Domingo – Teatro Glauce Rocha – 20h
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