Há menos de um mês, Campo Grande receberá as finas da Supercopa de Vôlei 2025. Os jogos acontecem no Ginásio Guanandizão, nos dias 18 e 19 de outubro, com competições na modalidade feminina e masculina. Mas, na cidade sediadora do evento, uma situação envolvendo conflitos por quadras de vôlei é pouco conhecida fora da comunidade esportiva.
Na Praça Belmar Fidalgo, uma disputa silenciosa acontece semanalmente com quem vai utilizar as quadras. Conforme relatado ao Jornal Midiamax, campeonatos amadores costumam ocupar os espaços durante o fim de semana, impedindo que esportistas comuns possam aproveitar o local com os amigos.
Uma leitora contou que, às vezes, os amigos elegem entre si alguém para chegar mais cedo, só para reservar a quadra. “Se não chegasse até as 14 horas, já era, todas já estariam ocupadas. Geralmente, quando a gente chegava já estava tudo cheio, era decepcionante, porque tínhamos que ir embora”, conta.
A campo-grandense não sabe, ao certo, quem organiza tais campeonatos e quem pode ou não participar. Mas, por ser uma área central e referência na prática de esportes, acredita que o grande problema é a falta de espaço ou um rodízio para permitir que todos possam usufruir do espaço.
“Como eu sou uma pessoa que não tenho muitos contatos de pessoas que participam desses campeonatos, eu nunca sabia quando ia ter. Então, já aconteceu de chegar lá e não dar pra jogar ‘por esporte’, porque tinha uma galera fazendo campeonato lá”, explica.
O auxiliar de mecânico, Glauber Menezes, 22 anos, ressaltou que muitas vezes precisou chegar 13h, mesmo com a forte incidência solar neste horário, para “segurar” uma quadra para os amigos. “Para um lugar no centro é pouco espaço mesmo”, explica.
Campeonatos deixam ‘sujeira’ nas quadras de vôlei
Outra situação apontada sobre a questão dos campeonatos é a sujeira que deixam no espaço. Realizados, geralmente, aos sábados, as quadras se encontram no dia seguinte ainda com as tendas e demais estruturas, além de garrafas pets, copos plásticos e demais resíduos.
“Além da sujeira, eles colocam tendas para os jogadores e no final demoram uma ou duas semana para recolher, assim praticamente se corta as quadra no meio. De quatro quadras sobram duas ou três”, afirma Glauber.
O geógrafo, Enzo Lopes, 23 anos, também costuma frequentar a Praça para jogar com os amigos, e nota a dificuldade de aproveitar as quadras, principalmente nos domingos pós-campeonato.
“O espaço já não é dos maiores, porque são só quatro espaços para quadras de vôlei em si. Então, fica difícil mesmo. Nas vezes que ficávamos sem rede, a gente ficava brincando de toque mesmo, mas não é a mesma experiência de jogar vôlei de fato mesmo”, explica.

Usuários não estão cientes de gestão local
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande sobre a questão de fiscalização das quadras do Belmar Fidalgo. Em nota, a Funesp (Fundação Municipal de Esporte) informou que existe uma gestão local, responsável por supervisonar o uso das quadras e demais dependências do local.
Conforme informado, a responsabilidade fica a cargo da gestora Sabrina Angoleri, que “orienta o uso das quadras e organiza horários, especialmente em eventos e campeonatos, cujos responsáveis devem formalizar pedido por ofício e devolver o espaço limpo”.
Além disso, a Funesp ressaltou que a limpeza é feita diariamente no local, contuo “devido aos eventos recentes, aumentou a quantidade de resíduos, reforçando o pedido de colaboração dos frequentadores para manter o espaço organizado e preservado”.
Apesar disso, nenhum dos entrevistados souberam, em algum momento, da existência de tal gestão. “Dos anos que eu jogo lá nunca soube dessas informações. As pessoas sempre chegam e montam as redes e pronto. Nunca recebemos um comunicado direto ou não sobre isso”, explicou o auxiliar de mecânico.
Supercopa de Vôlei em Campo Grande
Nos dias 18 e 19 de outubro, Campo Grande sediará a Supercopa de Vôlei, competição organizada anualmente pela CBV (Confederação Brasileira de Voleibol). O evento acontecerá no estádio Guanandizão
Na ocasão, os times Sada Cruzeiro (campeão da Superliga) e Itambé Minas (campeão da Copa Brasil) se enfrentam, no masculino; e Osasco São Cristóvão Saúde (campeã da Superliga e Copa Brasil) e Sesi Vôlei Bauru (vice-campeã da Copa Brasil), no feminino. As equipes se enfrentam em jogo único, que vale o status de ‘Supercampeão’.
As vendas de ingressos para assistir aos jogos já estão disponíveis. Os valores variam entre R$ 40 e R$ 350. Além disso, o evento contará com uma meia-entrada solidária, ou seja, todos podem pagar meia caso levem 1 kg de alimento não perecível.
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