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Bar no Nova Campo Grande tem muita cachaça e regra estranha: se vai ao banheiro, é ‘chifrudo’

Domingo, Bar do Ratinho fecha às 13h30 em ponto: todo mundo tem que descansar
Graziela Rezende -

A Avenida Nove, no bairro Nova , é cheia de peculiaridades: asfalto de um lado, terrão do outro. A poeira, inclusive, “come solta”, e atinge o comércio da região, incluindo barbearia, borracharia, sacolão e até o “Bar do Ratinho”.

Este último está há 25 anos no local e, como muitos brincam, já se tornou um patrimônio, com suas cachaças diferenciadas — de fedegoso a mau leitoso — além da regra inusitada: ‘se vai no banheiro, é chifrudo’.

Bar do Ratinho (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

“Eu tenho o meu barzinho há 25 anos, já tenho a minha clientela. É um bar tradicional, com música na máquina e sinuquinha, que o pessoal do bairro mesmo que prestigia. Tem uns que dão trabalho, mas, quando eu falo que está na hora, está na hora e pronto acabou. Dia de domingo mesmo, eu fecho às 13h30, todo mundo tem que descansar”, conta Jeová Pereira, de 60 anos.

O Jornal Midiamax conta esta história dentro de seu novo projeto, o Fala Povo: Midiamax nos Bairros, que apresenta particularidades, problemas e personagens dos bairros de Campo Grande.

Ao longo da programação, no site, impresso e televisivo Midiamax (canal 4 da Net), serão exibidas histórias de moradores, curiosidades, pontos gastronômicos, segurança e tudo o que envolve o cotidiano da população local.

Na segunda edição do Fala Povo: Midiamax nos Bairros, o programa será realizado na região do bairro Nova Campo Grande, com evento final no dia 30 de agosto.

As reportagens serão publicadas ao longo desta semana, 25 a 29 de agosto, culminando com uma edição do programa transmitida ao vivo da região, no sábado (30).

Ratinho diz que é mais famoso que ‘o da televisão’: ‘Aqui não precisa de DNA’, brinca

Bar do Ratinho (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Conhecido por todos como “Ratinho”, conta que a música e sinuquinha reinam por lá. “O pessoal gosta, coloca uma música aí na máquina, não é ao vivo como no programa do Ratinho, mas, a da máquina é boa demais também. E a sinuquinha também tem. Tem uns que dão trabalho, mas, quando eu falo que está na hora, está na hora. Ainda mais dia de domingo. Fecho às 13h30. Todo mundo tem que descansar”, contou.

Já no início da semana, quando abre o bar, Ratinho fala que, geralmente, já tem cliente esperando, chamando pelo Ratinho e pedindo “uma dose ou uma gelada”. “Sou mais famoso que o Ratinho da televisão aqui. Acho que vou colocar um bigode também. E o DNA aqui nem precisa. Às vezes, passa um guri e a gente vê que parece com alguém aqui e falamos que não precisa nem de DNA. A gente chega no caboclo e fala: ‘É a tua cara’. O pessoal aqui brinca demais”, argumentou.

Troféus dos campeonatos no bairro vão para o ‘Bar do Ratinho’

Apaixonado por crianças, Ratinho também conta que faz um trabalho solidário. “Eu forneço pequenas garrafas de água gelada, quando vão jogar e participar de campeonatos aqui no bairro. Gosto demais de crianças. E, quando ganham troféu, falam: ‘Deixa lá no Bar do Ratinho’. É por isso que eu tenho uma prateleira aqui. É maravilhoso, a molecada sempre está por aqui”, disse.

Dessa forma, ao fim do dia, por volta das 17h, o Bar do Ratinho também começa no ritmo noturno, em que os amigos conversam, bebem e saboreiam espetinho.

“Eu cedi o espaço para o meu amigo, então ele vende o espeto e também o meu refrigerante, a minha cervejinha. É um espaço cheio de amigos e de relíquias. Tem câmeras que ganhei de um amigo, que trabalhava lá em e já tirou foto até do Jânio Quadros. Ele me deu para decorar aqui, são uma relíquia, além dos quadros e o mais engraçado, o chifre lá do banheiro”, argumentou.

Cachaça de todos os tipos no Bar do Ratinho (Henrique Arakaki, Midiamax)

De fedegoso a de guavira, Ratinho oferece variedade de cachaças

Assim, no caso da variedade de cachaças, Ratinho fala que tem para todo gosto. “A fedegoso é um ótimo remédio para . Quem toma não morre de dengue, é uma planta tradicional daqui mesmo, só lava e coloca na pinga. Tem o nó do cachorro, famoso em Campo Grande, a uburana, a rancorosa, boa para o sangue, o mau leitoso e a mais pedida é o fedegoso, canelinha e a carqueja. E tem uma que os paulistas gostam, a semente da sucupira e a guavira”, finalizou.

Bar do ratinho (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Fala Povo: Midiamax nos Bairros

A história dos bairros de Campo Grande é tema do Fala Povo: Midiamax nos Bairros. Ao longo desta semana, reportagens especiais vão apresentar aos leitores aspectos históricos, indicadores socioeconômicos, demandas populares e peculiaridades das diversas regiões de Campo Grande, culminando com programa ao vivo no sábado. Quer ver seu bairro na série? Mande uma mensagem para (67) 99207-4330, o Fala Povo, WhatsApp do Jornal Midiamax! Siga nossas redes sociais clicando AQUI.

(Revisão: Bianca Iglesias)

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