Bonito reuniu cerca de 120 mil pessoas durante os cinco dias do FIB (Festival de Inverno de Bonito), realizado entre 20 e 24 de agosto. A estimativa de público foi de 24 mil pessoas por dia, circulando entre os palcos, oficinas, estandes, feiras de artesanato e demais atrações culturais do evento.
A programação contou com diversos nomes nacionais, em apresentações eletrizantes que encantaram moradores e turistas. Passaram pelos palcos os artistas Elba Ramalho, Maestro Spok, Titãs, Samuel Rosa, Jorge Aragão e Guilherme & Santiago.
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Ao longo do evento, também foram realizadas oficinas de capoeira, literatura, dança, moda, cultura geek, artes visuais, teatro, além de apresentações infantis e feiras de artesanato. O Bonito Flui, eixo temático deste ano, uniu arte, cultura e natureza em um só movimento.
Pensado também para incluir o público infantil, o Festival Bonitinho trouxe programação voltada às crianças e famílias, com atividades lúdicas, oficinas e espetáculos infantis. Para completar a programação, o projeto Catedral Erudita levou música clássica e chorinho para diferentes igrejas da cidade.
Além disso, o evento contou com mais de 25 atividades com intérpretes de Libras e artistas com deficiência em destaque na programação. As ações de Carbono Neutro e Lixo Zero, conduzidas pela Ciclo Azul, reforçaram o compromisso com o meio ambiente, além do passaporte cultural, que estimulou a visita a pontos históricos da cidade.


Festival movimentou R$ 23,22 milhões
De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, os visitantes passaram, em média, três dias de permanência na cidade, com gasto diário de R$ 387 por pessoa. O impacto direto na economia de Bonito chegou a R$ 23,22 milhões, e movimentou hotéis, restaurantes, bares, lojas, transportes e serviços.
A taxa de ocupação hoteleira foi total, com mais de 100 opções de hospedagem lotadas. Restaurantes registraram crescimento de até 80% nas vendas, e no comércio o aumento de movimentação foi de até 70% durante os dias do evento.
Para o secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, mais que um evento cultural, o festival promove desenvolvimento regional, gera renda e inclusão. “O Festival se conecta com os quatro pilares que guiam Mato Grosso do Sul: um Estado próspero, verde, digital e inclusivo. Fechamos esta edição com orgulho de ver a cultura transformando a vida das pessoas”.
O presidente da Fundação de Cultura, Eduardo Mendes, ressaltou as forças que fazem o evento acontecer. “Este festival é construído a muitas mãos: artistas, servidores, empreendedores, comunidade. É uma grande engrenagem que mostra como a cultura gera impacto real. Encerramos com a sensação de dever cumprido e com a responsabilidade de manter esse legado vivo”.
O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues, celebrou a parceria e o fortalecimento da cidade como destino. “O Festival coloca Bonito em evidência no Brasil inteiro. Mostra nossas belezas, movimenta a economia e dá oportunidade para a população viver experiências culturais inesquecíveis”.

Evento levou alegria aos comerciantes e turistas
A artesã Maria Antônia da Silva, de 38 anos, comemorou após suas vendas dobrarem durante o evento, e destaca que o festival traz alegria para a cidade. “Tenho uma pequena loja de artesanato e o Festival muda tudo. Além do movimento, traz alegria e orgulho de morar aqui. É a prova de que a cultura também alimenta nossa economia”.
O turista Carlos Henrique Souza, de 52 anos, saiu de Goiânia para curtir o festival em Bonito, e destacou que a imersão na cultura sul-mato-grossense lhe trouxe bastante impacto pessoal.
“É minha primeira vez em Bonito e confesso que estou emocionado. Passei o dia nos passeios de natureza e à noite pude assistir a Titãs e Samuel Rosa de graça, na praça, junto com milhares de pessoas. Esse acesso à cultura, misturado com as belezas naturais, é algo único. Vou voltar com certeza”, declara.
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(Revisão: Bianca Iglesias)