Rock, bebê! Sepultura, que virá a Campo Grande em agosto, fala com o Midiamax

Icônica banda Sepultura fará uma noite histórica no próximo dia 17 de agosto

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Banda Sepultura (Divulgação)

O icônico Sepultura, que fará uma noite histórica em Campo Grande, no próximo dia 17 de agosto, celebrando 40 anos de banda em sua última turnê, está deixando fãs alvoroçados por todo canto. Neste sábado (13), Dia Mundial do Rock, o Midiamax exibe a entrevista com Paulo Xisto, lendário baixista e único membro da formação original ainda no grupo.

A minha primeira pergunta é sobre a última turnê, de 18 meses, a Celebrating Life Through Death, de 40 anos de história da banda. Vocês não vão sentir falta do rock in roll na veia mesmo?

É uma pergunta difícil né?! Lógico que a gente vai sentir falta do palco. São 40 anos, é uma decisão dura de ser tomada, mas, chegou a hora. Para todos tem o caminho e sempre tem o fim, então, a gente colocou esta turnê justamente para celebrar estes 40 anos e, através desta morte, vamos celebrar a vida e toda esta carreira bacana que construímos, respeitando toda a história do Sepultura, então, a intenção é realmente celebrar e dividir este momento com os nossos fãs, amigos, com a nossa família.

Eu acho muito interessante e é até algo que vocês disseram, em entrevistas anteriores, que não esperaram uma ruptura com brigas, nada neste sentido, para entender que era hora de parar…

Essa é uma decisão que tem sido digerida há algum tempo, não veio de uma hora pra outra. É uma coisa que está sendo bem feita, bem saudável, sem briga, todo mundo na mesma página. E por isso que está acontecendo desta forma, então, como falei antes, é uma celebração. Vamos contar toda a história do Sepultura nesta turnê e a ideia é essa: celebrar, sem briga. E vamos relembrar os velhos tempos, dar risada, e dividir isso com os nossos fãs, em cima do palco, da melhor forma que a gente sempre soube fazer, estar no palco.

O Sepultura é uma banda internacional que ganhou respeito ao misturar som pesado com música tribal, indígena e africana. Como é ter esta influência com tanta gente e servir de base a novas bandas?

Isso é maravilhoso, na verdade. Isso aí a gente vem conquistando durante os anos de trabalho, influenciados por vários segmentos do rock, abrindo a cabeça para escutar vários estilos de música. E isso trouxe as nossas viagens, influenciaram muito na nossa diversificação musical. A gente absorveu ideias e culturas de vários cantos do mundo e isso tudo refletiu na nossa música, então, a gente sempre teve a cabeça aberta para trazer todas essas influências para o heavy metal. Acho que essa é a parte saudável e que colocou Sepultura em um patamar diferente.

O início da década de 90 foi explosivo para vocês, que tocaram no rock in rio e, em seguida, se mudaram para os EUA, fizeram shows e foram muito elogiados pela crítica especializada. E aí vieram os singles, um atrás do outro, troca de empresários, novos integrantes, como é essa sensação de passar por tanta mudança ou entrar já em uma banda renomada como o Sepultura?

Essas mudanças não são fáceis. A gente tomou muita “porretada” durante estes anos, mas, seguimos o caminho firme e forte. Na verdade, não tem um segredo assim. É fazer o que você gosta e acreditar no que você gosta e tentar demonstrar isso no palco, então, acho que a mudança, de certa forma, é saudável. A partir do momento que um dos integrantes não está satisfeito com o que está acontecendo, não tem motivos para estar junto. Que os outros sigam os próprios caminhos, então, acho que estas mudanças foram saudáveis e por isso estamos aqui até hoje.

E, por fim, são dois meses de espera para os campograndenses aqui. Existe alguma curiosidade sobre o Mato Grosso do Sul?

Na verdade, sempre tem curiosidade de conhecer os lugares, mas, na maioria das vezes, a gente não tem tempo, né, então, fica na correria. Eu, pessoalmente, tento absorver um pouco da cultura local, mas, na medida do possível, com o espaço de tempo curto. É isso que nós vamos tentar fazer…

Confira a entrevista na íntegra:

Sepultura e sua história no rock

O grupo atualmente é por Andreas Kisser, Derrick Green, Greyson Nekrutman e Paulo Xisto. Em Campo Grande, farão show no próximo mês, no Ginásio Guanandizão.

Segundo os integrantes, é uma alegria compartilhar toda a história da banda, a qual fez diversos álbuns, shows, amizades, além de conhecer ídolos e colocarem o metal brasileiro no mapa mundial. “Sentimento de dever cumprido”, declararam.

A banda de heavy metal nasceu em 1983, pelos irmãos Max e Igor Cavalera, em Belo Horizonte (MG). Com uma sonoridade que combina death metal e trash metal, também mistura elementos das músicas indígena, tribal e japonesa, entre outros estilos.

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