Meses após a tragédia das enchentes que atingiu o Rio Grande do Sul, muitas famílias ainda reconstroem suas vidas. Algumas delas, em outros estados. Esse foi o caso de Ivan Kramer, que se mudou com a família para o Mato Grosso do Sul, após o ocorrido. Refazendo sua vida em Campo Grande, o cerimonialista escreveu um livro com mensagens de fé e esperança, que será lançado em outubro.
Em Canoas (RS), Ivan trabalhava como capelão em capela ecumênica de um Cemitério e Crematório particular da cidade. Contudo, visitando sua mãe em Campo Grande, foi pego de surpresa com a notícia da tragédia, que acabou destruindo a casa onde sua família morava. “Acabamos perdendo tudo lá em Canoas e decidimos ficar por aqui mesmo”, explica.
Como capelão, Ivan realizava atendimento às famílias que passavam pelo processo de luto. O cerimonialista também ficava responsável pelas despedidas fúnebres, em enterros e cremações. “Amava o que eu fazia, principalmente no aconselhamento as famílias ilutadas”, conta.
Ainda no seminário, Ivan se dedicava a escrever mensagens diárias de esperança e fé. Esse hábito era comum em sua rotina, e a sua vontade sempre foi transformar suas mensagens em livro. Assim, morando atualmente em Campo Grande, decidiu dar sequência a esse projeto antigo.
“Decidi publicar o livro pensando nas pessoas abandonadas, esquecidas, enganadas e, até mesmo, em depressão. Algumas mensagens tiveram inspiração na minha vida no seminário, pois foram meses estudando longe da família, onde muitas vezes tive minha fé colocada em teste”, explica.
Mensagens de esperança e fé viraram livro
Intitulado “Fé e esperança em dias melhores”, o primeiro livro de Ivan tem lançamento marcado para outubro. A obra é independente de doutrinas ou crenças. “Procuro atingir todos aqueles que de alguma maneira procura por uma resposta, ou aconselhamentos”, explica.
Ivan já tem, inclusive, o tema do segundo livro, que conterá mensagens de esperança no âmbito do luto. Assim, o escritor aproveita sua longa experiência com aconselhamentos pós-perda de entes querido. “Tento de alguma maneira levar um pouquinho da palavra a quem muitas vezes já não acredita mais ou está em uma situação difícil. De alguma maneira sempre tento mostrar que a uma saída”, conclui.
