Prefeitura e Padaria Cuê são tombadas como patrimônio histórico material em Porto Murtinho

As edificações “Prefeitura Cuê” e “Padaria Cuê”, localizadas em Porto Murtinho, foram oficialmente tombadas como bens do Patrimônio Histórico Material de Mato Grosso do Sul. O decreto foi publicado nesta quarta-feira (7), no Diário Oficial do Estado.

As construções remontam e preservam a história relacionado ao ciclo da erva-mate e dos primeiros portos para o escoamento da erva. De acordo com o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, o tombamento é um marco significativo para Porto Murtinho.  

“Ao preservarmos essas edificações, estamos mantemos viva a memória histórica do ciclo da erva-mate e também reforçamos a identidade cultural da região. A integração com a Rota Bioceânica representa uma oportunidade única de unir nosso passado com o futuro econômico, criando um legado duradouro para as próximas gerações”, afirma.

A edificação funcionava como padaria no térreo e abrigava um moinho de trigo. Contudo, em 1954, a Cooperativa Florestal S/A comprou o imóvel e, em 1978, foi entregue ao estado de Mato Grosso como forma de pagamento de dívidas da cooperativa. Assim, desde 2004, abriga o Museu Dom Jaime Aníbal Barrera.

Já a Prefeitura Cuê, teve sua construção na década de 1930, com traços do estilo colonial brasileiro. O edifício funcionava como Centro Administrativo, responsável pelo movimento fiscal do Porto. Sua arquitetura simboliza a importância histórica do município no contexto estadual. O prédio passou por uma restauração em 2006 e atualmente funciona como sede da Prefeitura Municipal de Porto Murtinho.

A Padaria Cuê fica localizada na Rua Dr. Costa Marques, 1089, esquina com a Rua Antônio João, enquanto a Prefeitura Cuê fica na Rua Pedro Celestino, de frente para o Rio Paraguai.

O que configura um patrimônio histórico material

Patrimônio histórico cultural é um conjunto de monumentos, construções e sítios arqueológicos, com grande importância para a identidade e memória da cultura de um povo e lugar. Este patrimônio, no entanto, é de responsabilidade do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que responde pela preservação.

Assim, patrimônio material corresponde aos bens culturais do tipo arqueológico, paisagístico e etnográfico. Com o tombamento, é possível proteger e preservar edificações, paisagens, conjuntos históricos urbanos, cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos, coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.