Personalidades, impostos, estrada de ferro e arruamento: Campo Grande ‘fervia’ em 1900

No ano em que a cidade perdeu seu fundador, muita evolução também acontecia, fruto de outros desbravadores e projetistas

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(Internet/Reprodução)

No dia 11 de janeiro de 1900 a cidade de Campo Grande perdeu o seu fundador, José Antônio Pereira. Os restos mortais dele, antes no bairro Amambaí, inclusive se encontram no cemitério Santo Antônio. No entanto, neste e nos anos seguintes, veríamos nascer Maria Constança de Barros, Fernando Correa da Costa, Joaquim Teodoro de Faria e tantas outras personalidades que fizeram história, seja na área da saúde, engenharia, educação ou política. A cidade “fervia” neste período e os assuntos que movimentavam a todos eram os impostos, a estrada de ferro e até o arruamento.

Aliás, conforme o livro Campo Grande 150 anos de história, de Sérgio Cruz, soubemos que, no dia 23 de janeiro de 1905, houve aqui a primeira reunião da Câmara Municipal, a qual aprovou o salário do prefeito, em oitenta e quatro mil réis mensais. Cinco dias depois, o tema da discussão foi a cobrança de impostos por parte dos mascates, os quais apareciam na vila, vindos principalmente do Estado de São Paulo, Minas Gerais e do Paraguai. Em suma, o projeto foi aprovado, mas, nunca funcionou.

Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

No final daquele mesmo ano, foi iniciada, em Bauru, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, projetada, a princípio, para ligar Bauru a Cuiabá, mudando em seguida para o atual trajeto. Assim, houve o assentamento dos trilhos em território paulista.

Em 1908 foi iniciado o trecho no Sul de Mato Grosso, com duas frentes de trabalho: uma começando em Itapura e outra em Porto Esperança. Em 1914 a obra foi entregue ao tráfego, com o encontro das duas frentes em Campo Grande.

A inauguração da estrada Campo Grande-Porto XV de Novembro, no entanto, ocorreu no dia 8 de outubro de 1906. São estes os trechos atuais da BR-163 (Campo Grande – Nova Alvorada do Sul) e BR-262 (Nova Alvorada do Sul – Rio Paraná).

Câmara aprova arruamento da cidade

No dia 18 de junho de 1909, a Câmara aprovou o arruamento da cidade, por meio do projeto do vereador José Vieira Damas, o Zeca Casimiro, aprovando o alinhamento das ruas do povoado, de acordo com planta do engenheiro municipal Nilo Javari Barem.

Assim, partindo-se de Sul a Norte, tivemos a primeira rua: Afonso Pena. A segunda, 7 de Setembro, a terceira 15 de Novembro; a quarta, Av. Marechal Hermes e assim por diante.

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(Divulgação)

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